A medida de resistências é direta num multímetro, mas podem haver casos em que a faixa de operação de multímetro não atinja os valores que devem ser medidos.

 

Para a medida de resistências existe um circuito muito importante que o técnico deve conhecer e que denomina-se “Ponte de Wheatstone" em homenagem ao seu descobridor.

A configuração básica desta ponte é dada na figura 1.

 


 

 

Nesta configuração é mantida a relação:

R1/R2= R3/R4

 

Quando isso acontece, a corrente que circula pelo instrumento detector de nulo é zero. Nas outras condições, a corrente e diferente de zero.

Veja então que, se R1 = R2, podemos ter R3=R4, no equilíbrio da ponte,ou seja, quando a corrente no instrumento é nula.

Assim, se R3 for um potenciômetro, e R4 for desconhecida (Rx), podemos atuar sobre o potenciômetro até haver o equ1librio da ponte, ou seja, quando o instrumento marcar zero.

Neste momento, podemos afirmar que a resistência ajustada no potenciômetro é igual à resistência desconhecida (R3: Rx). Calibrando o potenciômetro em termos de resistência fica muito fácil a determinação de valores desconhecidos.

As pontes permitem a medida de resistências numa ampla faixa de valores com muita precisão. Os técnicos que forem trabalhar com medidas precisas de resistência deverão saber como usar este útil recurso da eletrônica.

Além da ponte de Wheatstone existem outros tipos de pontes que permitem a determinação da capacitância, indutância, ou ambas em conjunto e que são usadas na prova de bobinas, capacitores e muitos outros dispositivos eletrônicos.

No caso da ponte de Wheatstone a fonte de energia externa é uma fonte de corrente contínua. Em pontes de capacitâncias e indutâncias a fonte é um gerador de sinais, conforme mostra figura 2.

 


 

 

O detector de nulo neste caso é um fone de ouvido ou amplificador de áudio e a sensibilidade deste dispositivo é dada pela sensibilidade na escuta do sinal de equilíbrio.