Efeitos luminosos sempre chamam a atenção quando utilizados, por exemplo, em discotecas, animação de festas, vitrines, etc. Projetos desse tipo são uma "tentação" aos montadores, tanto aos iniciantes em eletrônica quanto para aqueles que já adquiriram uma maior experiência.

Nota: Artigo da Eletrônica Total 115 de 2006.

 

O que pode ocorrer, muitas vezes, é nos vermos diante de uma série de dificuldades como a própria complexidade do projeto, ou a falta momentânea de um ou outro componente. Mas não devemos desistir da montagem do projeto no primeiro obstáculo que encontramos pela frente! Sendo assim, devemos buscar contornar o problema.

Na falta de algum componente indispensável à montagem, recorremos à procura de equivalentes do mesmo, quando o projeto admitir isso, o que nem sempre é possível. Outra solução para isso é partirmos para projetos mais simples, mas que nos garantam o mesmo resultado que pretendíamos.

 

 

Características

 

• Alimentação, 220 V ou 110 V, dependendo da rede.

• Corrente máxima de poucos miliampères, quando estiveram apenas os LEDs-pisca ligados até vários ampères, o que irá depender justamente dos TRIACs utilizados e da carga a eles ligada.

• O projeto possui quatro canais, que podem ser expandidos para mais canais, dependendo da necessidade e criatividade de cada montador.

 


| Clique na imagem para ampliar |

 

 


 

 

 

Uma das características do projeto aqui apresentado é justamente essa: a sua simplicidade. Apesar de fazer uso dos moderníssimos LEDs tricolores, que dão um certo ar de atualidade ao projeto, isso não o torna muito complicado e não deixa a desejar quando comparado a outros projetos para a mesma finalidade, que utilizam grandes placas de circuito impresso e muitos componentes, alguns até de difícil aquisição, dependendo da região onde se encontra o montador.

 

 

Como funciona

 

Na figura 1 temos o diagrama completo do "efeito de luz experimental de potência" controlado por LED-pisca tricolor. A fonte de alimentação de 9 V ou12V ou bateria de 9V, alimenta LED1, indicador de que o aparelho se encontra ligado, via resistor R21. Já R1 e R2, R3 e R4, R5 e R6, R7 e R8, estão associados, dois a dois, em paralelo a fim de obtermos quatro resistores de mais ou menos 500 Ω, que estão, por sua vez, cada um ligado em série aos resistores R13 e R14, R15 e R16, respectivamente (figura 2). Jamais deveremos diminuir muito o valor dos resistores da associação, pois isso poderá acarretar na queima do LED- pisca tricolor. O valor de 500 Ω já seria quase o limite de uso.

 

Atenção

Tome cuidado ao ligar o negativo da bateria ou fonte de alimentação na rede, pois esta á a mesma trilha de circuito impresso que leva ao catodo dos TRIACs. Sendo assim, a fonte dará choques caso seja manuseada sem proteção.

 

O que se faz é bastante simples: a cada vez que, por exemplo, o LED2 (LED-pisca) acende, alimentado peias associações de resistores e limitadores, parte da corrente que (sobra) é derivada e levada ao gate do TRIAC1, via o diodo D1 e o resistor R13. O mesmo acontece com os demais LEDs-piscas e seus circuitos correspondentes.

Como este projeto permite o uso de quatro canais, caso queiramos manter alguns deles acesos enquanto os demais piscam na frequência do LED correspondente, foram adicionadas chaves simples do tipo liga/desliga (S1, S2, S3, S4) e os resistores R17, R18, R19 e R20 e os diodos D5, D6, D7 e D8, ou seja, com este recurso podemos manter alguns dos canais acesos apenas acionando as chaves correspondentes, ao passo que os outros canais continuam a piscar.

Uma característica interessai lie deste projeto é o tato de que as lâmpadas de cada canal acendem seguindo fielmente as piscadas dos LEDs-pisca tricolores, e corno estes possuem duas velocidades, uma lenta e outra mais rápida, com quatro canais é possível obter um efeito bastante atraente. Neste projeto foram utilizadas lâmpadas com cores diferentes para cada canal: verde, azul, amarela e vermelha.

Podemos colocar uma chave liga/desliga de 10 A entre os anodos ligados em série dos TRIACs à rede de alimentação. Desse modo, quando a mesma estiver desligada, as lâmpadas permanecerão apagadas, ficando apenas os LEDs-pisca em funcionamento.

 

 

Montagem

A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso é ilustrada na figura 3. A alimentação pode ser feita por uma pequena bateria de 9 volts e, para isso, deve ser usada uma chave simples liga/desliga para a bateria, ou por uma fonte de 12 V x 500 mA ou 9 V x 500 mA tomando-se o cuidado de ligar o fio negativo da fonte como explicado no box "Atenção".

 

 


 

 

 

Os resistores são todos de 1/8 ou 1/4 de watt, sem problema algum de funcionamento para o aparelho. Este projeto não usa capacitores, a não ser os da fonte de alimentação.

Com uma ou mais lâmpadas ligadas em paralelo, na saída de cada canal, deve-se respeitar o limite dos TRIACs (tabela 1). No caso, foram utilizados os equivalentes BT 139 e BT 137 e quatro lâmpadas de 60 watts de cores diferentes para cada canal ligada em paralelo. Os TRIACs precisam ser montados em radiadores de calor, devido a potência por eles dissipada. Para as saídas dos canais, quatro tomadas, e para a entrada de energia uma flecha a fim de não se cometer enganos ao ligarmos o aparelho. É conveniente o uso de um fusível de pelo menos 20 ampères.

 

 

Prova e uso

Para testar o aparelho, basta ligá-lo a rede de energia, 220 V ou 110 V (dependendo do TRIAC escolhido). Automaticamente, os canais começam a piscar na frequência dos LEDs-pisca tricolores; primeiro lentamente, depois se aceleram, o que é característico do tipo de LED-pisca escolhido.

Caso algum dos canais permaneça aceso, verifique se as chaves S1, S2, S3, e S4 não estão ligadas, pois isso mantém a polarização do TRIAC e este não acompanha as piscadas do LED. Se, por outro lado, algum canal não piscar, cheque se não há algum LED-pisca invertido, pois, os canais dependem deles para funcionarem e a energia que passa por eles é que é aproveitada para o funcionamento do projeto. Se apesar disso, algum canal permanecer apagado, diminua o valor da associação de resistores para, no máximo, 470 Ω e, se ainda permanecer aceso, aumente esse valor para 670 Ω. Se mesmo assim não se obtiver resultado algum, inspecione o TRIAC correspondente ao canal para uma possível inversão ou problemas com o componente.

 


| Clique na imagem para ampliar |

 

 


 

 

 

A montagem pode ser acondicionada numa caixa de plástico ou madeira, o que vai depender da criatividade e disponibilidade de cada um, apenas devendo ser evitada caixas de metal devido a amperagem que circula pelo parelho, o que poderia acarretar algum problema. A figura 4 mostra uma sugestão para o acondicionamento.

 

 

NO YOUTUBE

Localizador de Datasheets e Componentes


N° do componente 

(Como usar este quadro de busca)