Uma maneira de descobrir problemas em equipamentos de som e rádio é "perseguindo" os sinais pelas diversas etapas. A etapa em que o sinal desaparecer pode então ser analisada separadamente, pois certamente é nela que estará o problema: um componente ruim ou diversos componentes danificados. Para seguir os sinais nos aparelhos comuns damos um sensível circuito que serve tanto para o veterano como também para o iniciante.

Um seguidor de sinais nada mais é do que um sensível amplificador em que cuja entrada são dispostas duas pontas ou então uma ponta com um comutador.

No nosso caso disporemos de duas pontas: uma para prova de sinais de áudio (seguindo sinais em etapas de pré-amplificação, amplificação e saída) e outra para sinais de rádio ou RF (seguindo sinais nas etapas de FI, detecção, etc.).

A alimentação do circuito é feita com uma tensão de apenas 3 V (duas pilhas) e sua simplicidade é extrema. O aparelho depois de pronto pode ser instalado numa pequena caixa e transportado com facilidade.

A sensibilidade do circuito permite verificar a presença de sinais dos mais fracos em todos os aparelhos analisados.

O que temos é um simples amplificador de áudio com dois transistores, porém muito sensível. São usados dois transistores complementares, um NPN e o outro PNP de modo a permitir seu acoplamento direto e com isso uma considerável redução na quantidade de componentes adicionais usados.

De fato, além dos transistores temos o capacitor de acoplamento de entrada que isola a componente de corrente contínua do aparelho analisado que é C1, o resistor R1 de polarização de base n e o capacitor de desacoplamento da fonte que é C2.

O alto-falante é de 8 ohms pequeno e como fonte de energia usamos duas pilhas pequenas.

Para os sinais de rádio é preciso dispor de um detector que pode ser qualquer diodo de uso geral. Recomendamos em especial o 1N34 mas o 1N4148 também serve.

As pontas de prova são encaixadas nos aparelhos por meio de plugues e para o terra (P2) podemos usar um fio com garra jacaré.

Na Figura 1 temos o diagrama completo do aparelho.

 

   Figura 1 – Diagrama do aparelho
Figura 1 – Diagrama do aparelho

 

Na figura 2 damos o desenho da placa de circuito impresso.

 

   Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem
Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem

 

Para este projeto bastante simples ainda podemos fazer a montagem em ponte de terminais como mostrada na figura 3.

 

   Figura 3 – Montagem em ponte de terminais
Figura 3 – Montagem em ponte de terminais

 

Na verdade, para os transistores podemos usar qualquer par complementar de silício de uso geral como, por exemplo: BC237, BC307, BC327 e BC337, etc.

O resistor R1 determina a corrente de repouso do aparelho que é de 30 mA o que é um valor bastante bom, garantindo uma boa durabilidade para as pilhas.

Nos picos a corrente sobe para 50 mA.

O capacitor C2 da fonte deve ter tensão de trabalho de 3 V pelo menos e o único resistor pode tanto ser de 1/8 como de 1/4 W A prova é extremamente simples: ligando a unidade em S1, basta encostar os dedos na ponta P1 para ouvir um ronco.

O sistema não tem um controle de volume, dada sua baixa potência. Para usar devemos proceder da seguinte forma:

 

a) Provas de áudio

Ligamos a garra P2 na massa do aparelho analisado e encostamos P1 na entrada e saída de cada etapa analisada.

No caso de uma etapa transistorizada de emissor comum, como a mos- trada na figura. 4, os pontos de análise correspondem à base e ao coletor do transistor.

 

   Figura 4 – Pontos de análise
Figura 4 – Pontos de análise

 

Se o sinal estiver presente na entrada (1) ou (2) mas não estiver na saída (3) ou (4) podemos suspeitar do transistor ou do capacitor de acoplamento.

Analisando o percurso de um sinal, devemos sempre aplicar o seguidor antes e depois dos seguintes componentes:

Transistores

Capacitores de acoplamento

Controle de volume

Transformadores (drivers e saídas)

 

b) Provas de RF

Ligamos a ponta de prova P3. A garra P2. deve estar ligada a massa do aparelho analisado.

Verificamos então se o sinal está presente nas entradas e saídas das etapas, como a de FI mostrada na figura 5.

 

   Figura 5 – analisando uma etapa de RF
Figura 5 – analisando uma etapa de RF

 

Tipicamente devemos aplicar a ponta antes e depois dos seguintes componentes:

Transistores

Capacitores de acoplamento

Transformadores de FI

Choques de passagem de sinais

 

Q1 - BC548 ou equivalente

Q2 - BC558 ou equivalente

D1 - 1N34 ou 1 N4148 - diodo de germânio ou silício

 

Capacitores:

C1 - 100 nF - cerâmico ou de poliéster

C2 - 47 uF x 6 V - eletrolítico

 

Resistores

R1 - 4,7 M ohms

 

Diversos

S1 - interruptor simples

B1 - 3 V - duas pilhas pequenas

P1 e P3 - pontas de prova

P2 - Garra jacaré

Diversos: caixa para montagem, placa de circuito impresso ou ponte de terminais, suporte para 2 pilhas, fios, solda, etc.

 

 

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