Como ligar um VU meter à saída de um amplificador que não possua este recurso? Esta pergunta é respondida com um projeto simples que damos a seguir e que se adapta à maioria dos instrumentos disponíveis no mercado, na faixa de 100 a 300 mA de fundo de escala.

Os VU meters não são importantes nos equipamentos de som apenas na decoração.

Embora os tipos com LEDs (barra ou ponto móvel) sejam mais populares pelo aspecto decorativo que apresentam, nos equipamentos profissionais o VU meter analógico ainda é muito importante.

Através dele podemos equilibrar os níveis de sinais dos dois canais de um equipamento estéreo, saber se uma reprodução ocorre em estéreo em determinado momento, ou ainda dosar com precisão o sinal para uma gravação num anfiteatro.

O circuito que descrevemos é bastante simples e sua alimentação pode ser retirada do próprio aparelho com o qual ele vai funcionar.

Uma característica importante deste circuito é sua linearidade de resposta dentro do espectro audível, o que é importante para as aplicações profissionais.

O circuito possui dois ajustes, mas eles são muito simples de realizar.

 

CARACTERÍSTICAS

Tensão de alimentação: 12 a 30 V

Faixa de freqüências 20 a 20 kHz

Consumo: 1 mA (tip)

 

Na figura 1 temos o diagrama completo do aparelho.

 

 

Figura 1 – Diagrama do aparelho
Figura 1 – Diagrama do aparelho

 

 

O sinal de saída do amplificador de áudio é aplicado à entrada do transistor amplificador Q1 via P1, que dosa sua intensidade.

O sinal amplificado é aplicado, via emissor, ao transistor Q2, que fornece uma segunda amplificação.

Após esta amplificação o sinal é retirado e aplicado ao instrumento indicador M1.

P2 ajusta o fundo de escala, de acordo com a sensibilidade do instrumento.

C4 atua sobre a resposta do instrumento, tornando-a mais suave para os valores maiores. O resistor R4 determina a tensão de alimentação e seu valor depende da tensão de entrada.

O valor de 330 ohms é usado com 12 V e o de 1 k ohm com 30 V. Valores intermediários de alimentação permitem calcular R4 por simples proporção direta.

Na figura 2 temos a disposição dos componentes numa placa de circuito impresso.

 

 

   Figura 2 – Placa para a montagem
Figura 2 – Placa para a montagem

 

 

Para um sistema estéreo devem ser montadas duas unidades.

O instrumento pode ser qualquer microamperímetro de 100 a 300 uA de fundo de escala. Os transistores admitem equivalentes, assim como os

Diodos.

Os resistores são de 1/8 ou 1/4 W com 5% ou mais de tolerância. C4 e C5 não são críticos podendo ser alterados numa ampla faixa de valores.

Os pontos X1 e X2 são ligados nos terminais de saída (para os alto-falantes) do sistema de som.

Ajusta-se P1 e P2 para que a movimentação da agulha ocorra dentro da faixa desejada com o volume normal.

Um ajuste preciso pode ser feito com um gerador de sinais e um voltímetro de áudio em que a escala pode ser calibrada em termos de dB.

Este ajuste basicamente consiste na aplicação de um sinal 1 kHz com 300 mV de intensidade, ajustando-se P1 e P2 para que o instrumento vá até a metade da escala.

 

 

Semicondutores:

Q1, Q2 - BC548 ou equivalente – transistores NPN

D1, D2 - 1N4148 -diodos de silício de uso geral

 

Resistores de 1/8 W, 5%:

R1 - 1 M ohms

R2 - 2,2 k ohms

R3 - 10 k ohms

R4- 330 ohms a 1k ohms- ver texto -1/2 W

 

Trimpots:

P1, P2 - 47 k ohms

 

Capacitores:

C1, C2 – 470 nF - poliéster

C3 - 22 uF – eletrolítico de 25 V

C4 - 220 uF- eletrolítico de 25 V

C5 - 100 uF - eletrolítico de 25 V

 

Diversos:

M1 – 0-200 uA- galvanômetro ou microamperímetro

Placa de circuito impresso, fios, solda, etc.

 

 

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