Carregador de Nicádmio para o Carro (ART2382)

Você que acampa ou realiza pescarias noturnas certamente possui uma lanterna e a utiliza com muita frequência, gastando bons estoques de pilhas. Utilizando pilhas recarregáveis de nicádmio você terá muito mais energia, poderá recarregá-las muitas vezes e obter grandes vantagens. Veja como fazer um carregador para o carro.

As baterias de nicádmio são muito populares atualmente, mas nem todos as utilizam; No entanto, dependendo do seu gasto com pilhas, pode ser vantajoso o alto investimento inicial num conjunto de pilhas que possam ser recarregadas mais de 1 000 vezes.

Estas pilhas são obtidas nos mesmos tamanhos das pilhas comuns alcalinas ou secas, com a diferença que podem fornecer correntes máximas maiores e podem ser recarregadas um enorme número de vezes.

Com dois jogos destas pilhas, podemos recarregar um enquanto usamos o outro. A recarga normalmente é feita com uma corrente entre 50 e 200 mA (conforme o tipo), durante 6 horas para a carga rápida, e 15 horas para a carga lenta.

O que propomos neste artigo é um carregador de uso móvel que pode ser ligado no carro, recarregando, sem perigo para a bateria, suas pilhas durante seu acampamentos, pescarias ou explorações.

Ele fornece correntes de 50 mA ou 150 mA para a carga de pilhas pequenas, médias e grandes de nicádmio.

Lembramos, entretanto, que somente estas pilhas é que podem ser carregadas, já que outros tipos não admitem o processo.

COMO FUNCIONA

O circuito tem sua base numa fonte de corrente constante que você pode analisar melhor em artigos do site.

Empregando um regulador de tensão integrado, fixamos dois resistores externos que nos permitem obter correntes constantes de 50 mA ou 150 mA para a carga.

A carga é feita com a circulação no sentido inverso ao normal de uma corrente pelas pilhas. Podemos ligar até 4 pilhas em série para uma recarga.

O ideal é a carga lenta (50 mA) para pilhas pequenas, já que este processo aumenta sua durabilidade.

De qualquer forma, a intensidade ideal da corrente de carga é sempre expressa no próprio invólucro da pilha de nicádmio.

Para indicar o funcionamento do carregador temos um LED. Como o consumo de corrente da unidade é bastante baixo, não há comprometimento da bateria do carro em deixar um conjunto de pilhas durante um bom período.

MONTAGEM

Na figura 1 temos o diagrama completo do nosso carregador.

Figura 1 – Diagrama do carregador | Clique na imagem para ampliar |

Na figura 2 damos a montagem em uma ponte de terminais, já que poucos componentes são usados.

Figura 2 – Montagem usando ponte de terminais | Clique na imagem para ampliar |

Este conjunto pode ser montado numa caixinha tendo um conector para o acendedor de cigarros do carro ou um par de garras para conexão na bateria, conforme a opção de cada um.

Deve-se apenas observar a polaridade da ligação para que não ocorra a queima do integrado.

Sobre a caixa será instalado um suporte de pilhas de acordo com o tipo que se pretende usar. Por exemplo, se sua lanterna comportar 2 pilhas grandes, utilize um suporte para duas pilhas deste tipo. (figura 3)

Figura 3 – Sugestão de montagem

O LED deve ficar em lugar visível, pois indica o funcionamento do aparelha

A cronometragem do tempo de carga é importante. A chave S1 é acionada para mudança da velocidade de carga.

Os resistores R1 e R2 são de 1/8 ou ¼ W e o fusível de 1A protege o aparelho contra um eventual curto-circuito interno.

Para o circuito integrado deverá ser empregado um pequeno radiador de calor.

PROVA E USO

Para provar o aparelho basta ligá-lo na bateria e na sua saída um miliamperímetro (multímetro na escala de correntes até 500 mA ou mais) acionando-se a unidade.

A corrente medida com a chave aberta deve ser da ordem de 50 mA e com a chave fechada da ordem de 150 mA.

Se quiser mudar a corrente de carga, segundo indicações do fabricante das pilhas, veja no site como calcular o resistor em fontes de corrente constante.

Na carga a polaridade das pilhas deve ser observada.

Nunca curto-circuite os terminais destas pilhas para verificar se estão carregadas. Sua baixa resistência interna causa correntes elevadas e aquecimento que podem provocar sua explosão.