A preocupação cada vez maior com a segurança leva a existência no mercado de muitos tipos diferentes de alarmes. A reparação e instalação de alarmes pode constituir-se numa atividade rendosa, para o técnico que, no entanto, deve dominar suas técnicas. Nesta lição veremos como funciona alguns tipos de alarmes mais comuns para residências.
Basicamente um alarme é formado por uma central onde são ligados elementos sensores, eventualmente uma bateria para que o alarme também funcione em caso de corte de energia, e um sistema de aviso que pode ser uma sirene, cigarra, campainha ou ainda algum tipo de dispositivo que acenda a luz e acione um aparelho de som, (figura 27).
Para sabermos COMO funciona este tipo de alarme é interessante estudar cada uni dos blocos indicados separadamente.
SENSORES
Os sensores basicamente, na versão mais simples consistem em pequenos interruptores que são acionados quando unia porta, janela ou alçapão são movimentados. Os tipos mais simples são mecânicos, denominados "microswitches" do tipo normalmente fechado (Ni:), conforme mostra a figura 28.
São usados microswitches normalmente fechados, justamente devido ao circuito dos alarmes que deve ser disparado quando um circuito é interrompido e não fechado, por motivo de segurança. Se o disparo fosse obtido ao se fechar o circuito, bastaria para o intruso cortar seu fio de alimentação para que o sistema fosse desativado.
Operando pela abertura ou interrupção do circuito, o alarme dispara justamente se o intruso tentar cortar o fio dos sensores, conforme mostra a figura 29.
Desta forma, estas chaves usadas se mantêm ligadas até o momento em que se o botão é pressionado, quando então desligam, como no caso dos interruptores usados em portas de geladeiras.
Estes interruptores devem ser ligados de tal forma que a abertura de portas ou janelas os acione. Dependendo da configuração do circuito, também podemos usar tipos NA (normalmente abertos), mas neste caso devemos ter a precaução de esconder muito bem os fios de ligação.
Na figura 30 temos dois circuitos de alarmes com sensores destes tipos. No primeiro tipo usamos interruptores NF e o disparo é obtido com sua abertura. Estes interruptores devem então ser ligados em série. Com o desligamento de qualquer um da série o percurso da corrente fica interrompido e o alarme dispara.
Já no segundo tipo, quando usamos interruptores NA, sua ligação deve ser em paralelo. O fechamento de qualquer uni deles faz com que a corrente seja estabelecida e o alarme dispare. Um outro tipo de sensor muito usado em alarmes é o reed switch ou chave magnética que tem a estrutura mostrada na figura 31.
O interruptor consiste num par de lâminas que se aproximam e se tocam quando em presença do campo magnético de um pequeno imã.
Se prendermos o pequeno imã numa porta ou janela e fixarmos o reed-switch no batente, com a porta ou janela fechados e o imã próximo ao reed, ele se mantém fechado e o alarme desativado. Se a porta ou janela for aberta e o imã se afastar do reed, ele abre seus contatos provocando o disparo do alarme. Como se trata de dispositivo que opera pela abertura (NF) sua ligação para proteção de um local deve ser em série.
Na figura 32 mostramos como ligar diversos destes dispositivos em série, para proteger todas as entradas de um local.
Por motivos de segurança as correntes que passam por estes sensores são sempre muito pequenas servindo para ativar circuitos eletrônicos sensíveis. Por este motivo, os fios de ligação usados nas ligações dos sensores podem ser bem finos, desde que isolados, o que facilita bastante seu ocultamento.
Uma variação econômica para os sensores indicados é o fio fino que preso a dois pontos, um na parte fixa (batente) de porta ou janela e outro na parte móvel, arrebenta quando a porta ou janela são abertos.
Com a abertura do circuito o alarme dispara.
Num sistema de emergência em que o instalador precise proteger um local ou uma entrada pouco utilizada, este tipo de sensor pode ser usado.
