Este artigo está na série de livros Como testar Componentes de minha autoria. O artigo ensina como testar cabos e conectors comuns com procedimentos simples não específicos, podendo ajudar muito os makers. Outros procedimentos podem ser encontrados na seção de instrumentação do site.
O que são
Os cabos usados em computadores, equipamentos de áudio e outros são formados normalmente por diversos condutores independentes, tendo nas suas extremidades conectores que dependem da sua aplicação, conforme mostra a figura 1.
O que testar
Da mesma forma que qualquer outro tipo de cabo, testamos sua continuidade, verificando se estão abertos ou em curto. Para os conectores fazemos o mesmo verificando se os sinais podem passar ou não por esses elementos.
Instrumentos Usados
Provador de continuidade
Multímetro
Procedimento
Meça a resistência entre as extremidades do mesmo cabo ou dos pinos do conector que tenham, conexão entre si. A resistência ou continuidade deve ser baixa. Se for infinita teremos um cabo aberto. Veja no teste de fios e condutores um procedimento mais detalhado.
Outros Testes
Dois outros testes podem ser sugeridos para o caso de testes de cabos usados em computadores e na transmissão de dados. Um deles, consiste no emprego de um arranjo que testa todos os condutores de uma vez só, o que leva o profissional a ganhar muito tempo.
O outro consiste em se verificar eventuais deformações que um sinal apresenta quando transmitido pelo cabo. Analisemos o segundo caso.
a. Verificação com o Osciloscópio
Esse teste é interessante para se verificar como um cabo longo se comporta ao transmitir sinais digitais. O que fazemos é aplicar um sinal digital e verificar no osciloscópio eventuais deformações que ocorram num determinado percurso. Para essa finalidade devemos utilizar o circuito mostrado na figura 2 que exige o uso de um osciloscópio (simples ou duplo traço) e um gerador de funções.
Procedimento
a) Monte o circuito indicado, aplicando numa extremidade os sinais do gerador de funções.
b) O gerador de funções deve ser ajustado para produzir um sinal retangular de 5 V de amplitude com ciclo ativo de 50% numa frequência de 1 kHz.
c) Ajuste o osciloscópio para visualizar esse sinal. Se o osciloscópio for de duplo traço podemos visualizar o sinal na entrada e na saída do circuito.
d) Se o osciloscópio tiver a função “zoom”, analise os pontos de transição do sinal que chega ao osciloscópio.
Interpretação dos Resultados
Pequenas deformações sempre existem, devido às capacitâncias e indutâncias parasitas do próprio cabo. No entanto, se essas deformações forem muito grandes, o circuito que recebe os sinais pode não reconhecê-los.