Este transmissor emite em CW (onda contínua) sinais telegráficos que são codificados em Morse. Neste código, um toque longo representa um traço, e um toque curto um ponto. Unindo pontos e traços formamos o código conforme o Código Morse mostrado mais adiante neste livro e encontrado no site do autor.
Para uma bobina de ondas médias o alcance será pequeno, da ordem de 10 metros, mas na faixa de ondas curtas, com antena externa podemos chegar a algumas centenas de metros.
Trata-se de um transmissor experimental interessante e simples.
A alimentação será feita com tensões entre 6 e 9 V vinda de fonte.
O circuito
Temos, simplesmente, um oscilador Hartley onde a frequência de operação é determinada por L1 e CV.
Para a faixa de ondas médias L1 é formada de 80 a 100 voltas de fio 28 num bastão de ferrite de 1 cm X 15 cm, aproximadamente. Para ondas curtas no mesmo bastão enrolamos 20 espiras para a faixa de15 MHz e, aproximadamente, 30 espiras para a faixa de 7 MHz.
CV é um variável de ondas médias (200 a 400 pF para ajustar a frequência de operação).
O transistor sugerido é 2N2218 ou 2N2222. Para 6 V deve ser usado o 2N2222 e para 9 V deve ser empregado 0 2N2218, que possui maior potência.
Na faixa de ondas médias podemos experimentar transistores como o TIP31 e BD35 alimentando o circuito com até 12 V.
A bobina L1 tem tomada central. Para ondas médias L2 consta de 10 voltas do mesmo fio de L1 enrolada no mesmo núcleo. Para ondas curtas esta bobina consta de 4 ou 5 voltas do mesmo fio.
Montagem
O circuito completo do transmissor com os valores dos componentes é mostrado na figura abaixo.
A montagem numa placa de circuito impresso é mostrada na próxima figura.
A antena consiste num pedaço de fio esticado de 1 metro a 20 metros, e para melhor desempenho o polo negativo ou emissor do transistor devem ser ligados à terra.
Os resistores são de 1/8 ou 1/4 W é os capacitores são cerâmicos, tipo disco.
O manipulador pode ser do tipo telegráfico comum. ou então improvisado com um interruptor de pressão.
Não recomendamos o uso de bateria de 9 V dada a corrente relativamente alta exigida pelo circuito que a esgotaria rapidamente.
Se for usada, a fonte deve ter boa filtragem para que não ocorram zumbidos na transmissão.
O receptor usado deve ser capaz de sintonizar a faixa de sinais em que opera o transmissor.
Ajuste e utilização
Para verificar o funcionamento sintonize nas proximidades um receptor de rádio (se for de ondas curtas, certifique-se de que está operando corretamente com boa sensibilidade, procurando captar antes algumas estações distantes).
Ajuste então o variável para a frequência desejada. Para isso, pressione o manipulador e procure ouvir no rádio o “sopro" que corresponde a sua omissão. Procure o sinal mais forte, o que pode ser verificado afastando-se do receptor.
Feito o ajuste é só usar o aparelho. Para isso, treine antes o código com uma transmissão compassada.
Se usar uma antena externa, não se esqueça da ligação à terra.
Q1 - 2N2218 ou 2N2222 - transistor NPN de comutação
L1, L2 - bobinas - ver texto
CV - variável de190 a 410 pF
S1 - Manipulador telegráfico
V1 - 4 ou 6 pilhas, ou fonte de alimentação de 6 a 9 V
C1 -10 nF - capacitor cerâmico
C2 ~100 nF - capacitor cerâmico
R1 - 4K7 a 10 K - resistor (amarelo, violeta, vermelho ou marrom, preto, vermelho)
Diversos: caixa para montagem, bastão de ferrite, fios esmaltados,suporte para pilhas, antena etc.