Saber se uma carga distante está recebendo alimentação pode ser uma necessidade em muitas aplicações práticas que vão da industria até a eletrônica de consumo. A idéia prática que descrevemos neste artigo serve para as mais diversas aplicações.

 

Uma forma de se saber se uma carga remota está recebendo alimentação é monitorar a corrente em seu circuito. No entanto, dependendo da intensidade desta corrente a interrupção do circuito pode ser problemática. E, se a tensão de operação do circuito for alta existe ainda o perigo de se ter um indicador sob elevado potencial o que nem sempre é conveniente.
Não bastassem estes problemas temos ainda o fato de que a introdução de um circuito indicador para monitorar uma carga distante pode significar uma queda de tensão com eventual perda de rendimento.
Como monitorar um circuito remoto sem estes problemas.

Idéia Prática
Conforme mostra a figura 1, para um circuito de corrente contínua, basta usar o próprio campo da alimentação quando ela passa por uma bobina de baixa resistência, que não causa portanto perdas no circuito.



Este campo é usado para acionar um reed switch (interruptor de lâminas) que então aciona o circuito indicador remoto.
Duas vantagens devem ser ressaltadas neste circuito: a primeira é que ele é totalmente isolado do circuito monitorado e a segunda é que a baixa impedância da bobina não causa perdas apreciáveis no circuito alimentado mesmo que ele seja de baixa tensão.
Também podemos indicar a possibilidade do circuito indicador operar com uma tensão completamente diferente do circuito monitorado.
Na figura 2 temos uma variação deste circuito que opera “ao contrário”, ou seja, um LED indicador se mantém apagado quando a corrente está circulando pela carga.


O número de voltas da bobina que será enrolada em torno do interruptor de lâminas depende da intensidade da corrente que deve ser monitorada e da sensibilidade do interruptor. Normalmente, para uma corrente de 1 A basta algumas voltas para se obter o fechamento. A espessura do fio usado deve ser compativel com a intensidade da corrente a ser monitorada.
Para correntes alternadas em que as lâminas do interruptor tendem a vibrar temos o circuito mostrado na figura 3.

 



Este circuito controla um transistor através de um capacitor de modo que com os pulsos gerados pelo abrir e fechar do interruptor (na frequência da corrente monitorada) o capacitor se mantenha carregado e com isso o transistor em condução.
O sinal para o monitor (que pode ser um indicador) é portanto uma tensão contínua.
Neste caso também, o número de voltas em torno do interruptor depende da intensidade da corrente e de sua sensibilidade.
Temos finalmente na figura 4 um circuito para intensidades maiores de corrente em que a bobina em torno do reed switch pode ser enrolada com fio muito fino e com isso ser formada por 100 a 500 voltas com a produção de campos com correntes muito baixas.
Neste circuito a corrente principal passa através dos diodos, obtendo-se uma ueda nos dois sentidos de 0,6 V. A corrente na bobina do circuito indicador vai ser determinada pela sua resistência somada a do resistor. A tensão aplicada será de apenas 0,6 V neste circuito.

 


CONCLUSÃO
Variações em torno destes circuito podem ser elaboradas à vontade pelos leitores imaginosos. O uso de reed-relês como os indicados oferece uma grande gama de opções para circuitos acionados por corrente com isolamento total o que pode ser muito importante em aplicações industriais.

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