Um sistema de luzes rítmicas bastante simples e com segurança que os acopladores ópticos proporcionam é o que descrevemos neste artigo. Potencias até 1600 W podem ser controladas a partir de alguns miliwatts de áudio.

Um sistema de luz rítmica faz com que lâmpadas comuns pisquem ao ritmo da música executada por um sistema de som.

O que descrevemos neste artigo tem algumas características interessantes que merecem ser analisadas.

Urna delas é o uso do acoplador óptico, que praticamente isola o equipamento de som e o setor de baixa tensão do circuito de alta tensão e potências das lâmpadas.

Outra característica é a elevada potência que ele é capaz de controlar, perto de 1 600 W de lâmpadas, o que permite sua utilização mesmo em grandes ambientes.

Finalmente temos a sensibilidade, que faz com que necessitamos de fração de watt para excitação sem problemas, ou seja, ele não "rouba" potência alguma do equipamento de som com que deve funcionar.

A montagem é simples e a alimentação é feita com pilhas comuns.

Como o consumo é baixo, as pilhas devem durar muito, mas nada impede que uma fonte seja incorporada.

 

CARACTERÍSTICAS

Potência de saída: 1 600 W (Max.)

Potência de entrada: 0,01 W (min.)

Tensão de alimentação: 220 V ac. 6 Vcc

 

COMO FUNCIONA

Os sinais de áudio vindos da saída do equipamento de som passam por um transformador e depois por um diodo onde ocorre a sua retificação.

Do diodo o sinal vai a um potenciômetro (P1) onde se ajusta sua intensidade para excitação do circuito nos níveis desejados.

O sinal é aplicado à base de um transistor que então deve conduzir nos picos de áudio: o capacitor C1 na base deste transistor determina a inércia do circuito, e pode ser alterado experimentalmente na faixa de 1 a 100 µF.

No coletor do transistor temos o acoplador óptico que contém internamente um LED infravermelho e um diac.

O LED infravermelho vai piscar então de acordo com a condução do transistor, excitando assim o foto-diac que vai controlar o triac.

O triac é o elemento de potência que ao ser disparado conduz a corrente para as lâmpadas alimentadas.

R3 e R4 formam o sistema que polariza o diac.

 

MONTAGEM

Na figura 1 temos o diagrama completo do aparelho.

 

Figura 1 – Diagrama completo do aparelho
Figura 1 – Diagrama completo do aparelho

 

A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.

 

Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem
Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem

 

O transformador T1 pode ser qualquer pequeno transformador de alimentação com primário de 110 V ou 220 V e secundário de 5 ou 6 V com corrente entre 250 mA e 500 mA.

O acoplador óptico para 220 V é o MOC320.

Os resistores são de 1/8 W e o eletrolítico para 6 V ou mais.

O triac é o TIC226, mas equivalentes de maior potência podem ser usados.

Como a rede é de 220 V, o triac deve ter sufixo D. C2 é um capacitor de poliéster para 400 V.

O triac deverá ser dotado de um bom radiador de calor, e suas ligações devem ser feitas com fio grosso, compatível com a potência das lâmpadas controladas.

As lâmpadas só podem ser do tipo incandescente.

 

PROVA E USO

Os fios A e B são ligados à saída do amplificador com o qual o sistema deve funcionar.

Coloque uma música para executar e ligue o sistema de luz rítmica na rede de alimentação.

Ligue como uma lâmpada pequena, de 5 a 40 W para as provas de funcionamento.

Coloque o som no volume desejado e abra P1 até que a lâmpada comece a acompanhar a música.

Este ajuste de P1 deve ser refeito, sempre que alterarmos o volume do equipamento de som.

C1 pode ser alterado se o leitor a desejar mais ou menos inércia do sistema.

Comprovado o funcionamento é só fazer sua instalação definitiva.

Até 1600 W de lâmpadas incandescentes podem ser usados.

 

Semicondutores:

CI1 - MOC3020 - Acoplador óptico

Q1 - BC548 ou equivalente -transistor NPN de uso geral

Triac - TlC226D

D1 - 1N4002 ou equivalente - diodo de silício

 

Resistores (1 /8 W, 5%):

R1 - 10 k Ω

R2-1k Ω

R3 - 360 Ω

R4- 470 Ω

P1 - 10 k Ω - potenciômetro

 

Capacitores:

C1 - 10 [LF x 6 V - eletrolítico

C2 - 47 nF x 400 V – poliéster

 

Diversos:

T1 - transformador de 110 ou 220 V x Sou 6 V de 250 a 500 mA

S1 - Interruptor simples

B1 - 6 V - 4 pilhas pequenas ou fonte

F1 - fusível de 10 A

X1 - até 1 600 W de lâmpadas de 220 V

Placa de circuito impresso, caixa para montagem, suporte para o fusível, radiador de calor para o triac, botão para ó potenciômetro, cabos de entrada, soquetes para as lâmpadas, suporte para as pilhas, fios, solda etc.

 

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