Apresentamos um projeto de utilidade no lar: quando alguém tocar a campainha, a luz da varanda acende automaticamente por um tempo determinado, evitando assim deixar a visita no escuro. No final da temporização a luz apaga, e o circuito fica na espera de um novo toque.

Simples de montar e de instalar, ele ajuda a tornar sua casa mais agradável, principalmente pela primeira impressão que causa.

O nosso projeto consiste basicamente num temporizador, que pode ser ajustado para intervalos entre 1 e 8 minutos, sendo acionado pelo toque da campainha de entrada.

Sua saída é ligada diretamente no interruptor, que aciona a luz da varanda, o que torna sua instalação muito simples. O uso de transformadores e relés, por outro lado isola o circuito da rede energia, trazendo segurança na sua operação e também instalação.

Todos os componentes empregados são de obtenção simples, o que significa que se o leitor está procurando incrementar sua casa com uso de recursos eletrônicos, trata-se de projeto bastante atraente.

Evidentemente, o mesmo circuito também pode ser usado com outras finalidades como, por exemplo:

a) Acionar de modo temporizado uma luz de entrada quando uma fechadura elétrica é ativada. A porta abre e ao mesmo tempo acende a luz que permanece nesta condição por algum tempo.

b) Ativar a iluminação de uma a sala quando uma máquina for colocada em ação, de modo automático. A

c) Manter uma luz acesa por um tempo (de aviso), quando uma campainha remota for ativada para chamar alguém. Se a pessoa não estiver no local, quando votar (se dentro do tempo programado), verá que neste intervalo ela foi chamada pois a lâmpada de aviso se encontra acesa.

 

Características:

Tensão de alimentação: 110/220 V ca

Consumo em espera (típico): 4 W

Carga máxima controlada: 10 A

Temporização: 1 a 8 minutos (pode ser ampliada)

 

O projeto tem por base um circuito integrado 555, na configuração monoestável (temporizador) tradicional.

Quando a campainha de entrada é acionada, via T1 é produzido um pulso positivo (ratificado por D1 e filtrado por C1), que satura o transistor Q1.

Com a condução de Q1, a entrada de disparo (pino 2) do 555 vai ao nível baixo, e com isso sua saída vai ao nível alto (pino 3).

A saída permanece no nível alto, pelo tempo ajustado em P 1 e que depende também de C1. Com o valor indicado, temos uma temporização máxima da ordem de 8 minutos, mas este tempo pode ser aumentado com o uso de capacitores maiores, não se recomendando entretanto que se ultrapasse os 1500 uF. Com valores acima disso, as fugas podem afetar a estabilidade e até impedir o disparo.

Com o nível alto da saída do 555, temos a saturação do transistor O2 que tem como carga em seu coletor um pequeno relé. Os contatos desse relé são ligados em paralelo com o interruptor, que acende a luz da varanda. . A

A alimentação do circuito vem de uma fonte simples, já que não se necessita de precisão na tensão.

Esta fonte contém um transformador de 12 + 12 V de secundário, dois diodos

retificadores e o capacitor de filtro C4.

O diagrama completo da versão básica é mostrado na figura 1, já que podemos fazer algumas alterações, que tanto podem significar redução de custo, como alteração do modo de operação.

 

 

Figura 1 – Diagrama do aparelho
Figura 1 – Diagrama do aparelho

 

 

A disposição dos componentes principais numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.

 

 

   Figura 2 – Placa para a montagem
Figura 2 – Placa para a montagem

 

 

O transformador T1 tem primário de acordo com a tensão usada na alimentação da campainha, o secundário simples de 6 V com corrente a partir de 50 mA. No entanto, se o leitor não fizer questão do isolamento da rede de energia, este transformador pode ser substituído por um divisor resistivo, conforme mostra a figura 3.

 

 

Figura 3 – Usando alimentação sem transformador
Figura 3 – Usando alimentação sem transformador

 

 

Neste caso, o fusível pode ser eliminado, pois os resistores servem como tal.

O circuito integrado deve ser instalado em soquete apropriado, e o relé admite equivalentes. Para uma aplicação de menor potência, até 2 A, pode ser usado um relé de 2 A.

O transformador T2 tem o primário conforme a tensão da rede local e secundário de 12 + 12 V com corrente a partir de 250 mA. Os diodos admitem equivalentes, inclusive de maior tensão e os eletrolíticos são todos para 25 V.

Os transistores também admitem equivalentes. Os resistores são de 1/8 W ou mais com 5%' de tolerância.

Todo o conjunto cabe facilmente numa caixa plástica, que pode ser colocada em qualquer ponto oculto junto à instalação da campainha.

Uma segunda alteração no projeto é mostrada na figura 4 que permite a substituição do relé por um Triac.

 

 

Figura 4 – Usando um Triac
Figura 4 – Usando um Triac

 

 

Para potências acima de 40 W o Triac precisa de um radiador de calor.

Entretanto, se esta versão for adotada, T1 não pode ser substituído pela rede resistiva, já que teremos duas linhas de terra na rede de energia, e que obrigatoriamente teriam de ser comuns.

A prova de funcionamento é simples: basta alimentar o circuito ligando T2 à rede de energia.

Quando alimentarmos também T1 o relé deve fechar, seus contatos e assim permanecer por tempo que depende do ajuste de P1.

Comprovado o funcionamento, ajustamos P1 para o tempo desejado e fazemos a instalação.

Para instalação os fios X e Y, são ligados em paralelo com a campainha, enquanto que A e B são ligados em paralelo com o interruptor, que controla a luz de varanda, conforme mostra a figura 5.

 

 

Figura 5 - Instalação
Figura 5 - Instalação

 

 

A alimentação para T2 pode ser tirada de qualquer ponto da rede de energia, e S1 será posicionado de modo que tenhamos o acionamento do aparelho somente durante à noite.

 

Semicondutores:

Cl1 - 555 - circuito integrado (timer)

Q1, Q2 - BC548 ou equivalentes - transistores NPN de uso geral

D1, D2, D3 - 1N4002 ou equivalentes diodos de silício

D1 - 1N4148 - diodo de uso geral

 

Resistores: (1/8 W, 5%)

R1 - 100 k ohms

R2 - 22 k ohms

R3 - 47 k ohms

R4, - 10 k ohms

R5: - 4,7 k ohms

P2 - 1M2 - trimpot

 

Capacitores:

C1 - 100 nF - Cerâmico ou poliéster para 25 V ou mais

C2 - 10 uF x 16 V - eletrolítico

C3 - 470 uF x 25 V - eletrolítico

C4 - 1 000 uF x 25 V - eletrolítico

 

Diversos:

F1, F2 - 1 A Fusíveis

T2 - Transformador com primário de 110 ou 220 V e secundário de 6 V x 50 mA ou mais - ver texto

T2 - Transformador com primário conforme a rede local e secundário de 12 + 12 V x 300 mA ou mais

S1 - Interruptor simples

K1 - Relé de 12 V - ver texto

Placa de circuito impresso, caixa para montagem, fios, suporte de fusível, soquete para o circuito integrado, solda, etc.

 

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