Este controle, mais simples, pode ser usado em uma garagem para acender a luz e tocar uma campainha interna quando você chegar com o carro. Bastará dar uma piscada com o farol para ocorrer o acionamento, pois ele responde a um impulso de luz.

 

 

Também podemos usá-lo para acionar um eletrodoméstico por um tempo programado, usando como transmissor uma pequena lanterna.

Ventiladores, aparelhos de som, luzes, televisores, e outros eletrodomésticos podem ser ativados à distância por um simples toque num interruptor de uma lanterna, sem que você precise sair de sua cadeira para ligá-los. Até mesmo, numa emergência, um sistema de alarme pode ser ativado à distância por meio de uma lanterna.

O sistema é temporizado, o que quer dizer que basta dar um pulso de luz para que ele ligue. O tempo de acionamento será então ajustado em função de sua aplicação.

 

FUNCIONAMENTO

Na figura 1 temos o diagrama de nosso controle remoto por meio de raio de luz.

Figura 1 – Diagrama completo do receptor de luz.

 

O sensor é um LDR que deve ficar em um tubinho apontado para a direção de onde deve vir o comando de luz. A posição deste tubinho é importante para que não ocorra a interferência de outras fontes de luz próximas, como a luz da rua ou de outros carros, no caso da utilização na garagem. Usando uma lente convergente na frente do tubinho do LDR obtemos maior diretividade e muito maior sensibilidade, aumentando assim o alcance do sistema de controle remoto.

Quando incide luz no LDR sua resistência cai abruptamente e o monoestável com o circuito integrado 555 é disparado.

O capacitor no pino 6 e 7, juntamente com o resistor e o potenciômetro P1, determinam então por quanto tempo ele vai ficar disparado, mesmo depois que o pulso de comando desapareça.

Este tempo pode ser ajustado entre alguns segundos e perto de 15 minutos. Para maiores tempos, o capacitor nos pinos 6 e 7 do integrado pode ser aumentado até uns 2200 uF, quando então chegamos a perto de meia hora. Tempos maiores não são recomendados pois as fugas dos capacitores instabilizam o circuito.

Com o disparo, o monoestável ativa via Q1 um relé que controla o dispositivo externo, uma lâmpada, por exemplo.

A alimentação do circuito pode ser feita diretamente da rede de energia por meio de transformador, retificadores e capacitor de filtro. O consumo de energia do aparelho é bastante baixo o que permite que ele fique ligado permanentemente,

 

 

MONTAGEM

Os componentes principais ficam em uma paca de circuito impresso com a disposição mostrada na figura 2.

Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem.

 

O sensor é um LDR redondo, comum, pequeno ou grande, que será ligado ao circuito por meio de um cabo longo. Se o comprimento desse cabo for maior que 10 metros será conveniente que ele seja blindado duplo com a malha ligada ao terra do circuito.

O relé é de 10 ampères, mas tipos equivalentes podem ser usados. O transformador tem enrolamento secundário de 12+12V com pelo menos 300 mA de corrente.

Os resistores são de 1/8W e os capacitores têm sua tensão de trabalho especificada na lista de material.

O circuito integrado pode ser colocado em um soquete para maior segurança e para se evitar calor na hora da soldagem.

O conjunto cabe em uma caixa plástica pequena, ficando na parte externa uma chave que serve para ligá-lo e desligá-lo, os potenciômetros de ajuste e a saída para o dispositivo controlado. Este circuito poderá ser acoplado a outros automatismos da casa inteligente.

 

 

PROVA E USO

Para provar este controle remoto, aponte o LDR para um local escuro, coloque o potenciômetro de temporização no mínimo e ajuste a sensibilidade até ficar no limiar do disparo do relé. O tempo de acionamento deve ficar no mínimo para facilitar a observação do funcionamento e os ajustes.

Depois, com uma lanterna ou simplesmente apontando o tubo com o LDR para uma fonte de luz, observe o disparo do relé. Comprovado o funcionamento, faça a instalação definitiva do sistema, ajuste o tempo e conecte a carga externa (lâmpada, campainha ou fechadura) ao circuito externo.

Para temporizações curtas diminua o capacitor no pino 2 do 555 para 22 ou 47 uF, caso de fechaduras ou do acionamento de uma campainha.

 

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