Este dispositivo ativa um sistema de iluminação de emergência quando a energia da rede local é cortada. Ligado a um sistema inteligente, ele só fará o acionamento quando tudo estiver no escuro, ou seja, à noite ou em condições pré-estabelecidas, quando, por exemplo, o simulador de presença não estiver ligado.

O circuito descrito tem ainda como recurso adicional importante um carregador que mantém em carga constante a bateria usada.

A autonomia do sistema vai depender de dois fatores: da capacidade da bateria utilizada e da corrente exigida pelo sistema de iluminação que vai ser acionado. Uma bateria comum de carro, por exemplo, pode alimentar umas 4 ou 5 lâmpadas de interior (luzes de cortesia) de 200 a 250 mA de consumo por mais de 6 horas, o que é suficiente para garantir uma estadia cômoda numa casa comum, até o restabelecimento da energia.

Evidentemente, com o uso de um inversor para lâmpada fluorescente pode-se obter maior autonomia com melhor rendimento na iluminação, já que este tipo de circuito gasta menos energia.

 

FUNCIONAMENTO

Começamos por apresentar aos leitores o diagrama completo do sistema na figura 1.

Figura 1 – Diagrama completo do sistema de iluminação de emergência.

 

Na entrada do circuito temos um transformador que reduz a tensão da rede de energia para dois valores. O valor maior é retificado, passando em seguida por um pequeno capacitor de filtro que é C1. a seguir, esta tensão, da ordem de 35V passa por um resistor limitador de corrente indo à bateria em carga. O valor do resistor limitador determina a carga da bateria, ficando normalmente em torno de 200 mA. Esse valor pode ser reduzido, aumentando-se R1 caso a manutenção da carga da bateria usada exija uma corrente menor.

Em alguns casos, um resistor de 220 ohms mantém a carga com menor consumo de energia.

O outro setor do transformador tem um sistema retificador e de filtragem, mantendo energizada a bobina de um relé. Esse relé tem por finalidade conectar a bateria ao sistema de carga até o momento em que a energia seja cortada. Quando isso ocorrer, o relé conecta a bateria ao sistema de iluminação externo.

O circuito pode ser facilmente acoplado a um sistema lógico em série com o sistema externo de iluminação de modo a deixar que a corrente passe somente se for noite.

Observe que a tensão de alimentação do circuito pode tanto vir da rede de energia de 110V como de 220V.

 

 

MONTAGEM

A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.

Figura 2 – Placa de circuito impresso para a montagem.

 

O transformador usado tem um enrolamento primário de acordo com a tensão da rede de energia e um secundário de 12+12V com pelo menos 500 mA de corrente.

Os diodos podem ser do tipo 1N4004, conforme indicado no diagrama. Os capacitores devem ter as tensões mínimas de trabalho indicadas na relação de material. O resistor R1 pode ter dissipação igual ou maior que 2W, devendo ser do tipo de fio de nicromo.

O relé admite equivalentes, devendo apenas ser observada a capacidade de contacto que deve ser compatível com a corrente exigida pelo sistema de iluminação acionado.

 

 

PROVA E USO

Para provar, basta ligar o sistema à rede de energia: o relé deve fechar seus contactos, indicando que sua bobina está sendo alimentada.

Depois, basta instalar o aparelho, posicionando convenientemente a bateria e as lâmpadas. Observamos que, se for usada bateria de automóvel, ela deve ficar em local ventilado, devido aos gases que emite durante à carga e que são tóxicos.

O único cuidado que o leitor deve ter com este aparelho depois de instalado é em relação à manutenção da bateria, cujo eletrólito deve ser verificado periodicamente. Somente use água destilada para completá-lo, caso a bateria seja do tipo chumbo-ácido. Outros tipos de bateria não precisam de manutenção.

 

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