Não é preciso salientar que um dos grandes problemas da eletrônica de nossos dias é o lixo. Não apenas os componentes baseados em silício, como também de outros materiais, muitos dos quais tóxicos apresentam serias dificuldades para uma eventual reciclagem.
Uma ideia que pode modificar o modo como os componentes eletrônicos são reciclados foi proposta pelos pesquisadores da Universidade de Duke nos Estados unidos.
O que eles desenvolveram foram transistores que podem ser impressos com uma tinta de carbono numa folha de papel que também é um substrato degradável. As aplicações são muito interessantes.
Por exemplo, podemos usá-los em sensores ambientais que podem ser deixados na natureza para serem automaticamente destruídos, sem prejudicar o meio ambiente. Sensores biomédicos poderiam ser implantados e depois de certo tempo se autodestruiriam sem afetar nosso corpo.
A possibilidade de termos uma eletrônica totalmente baseada em carbono ainda está longe, pois sempre precisaremos ter outros materiais em jogo, mas já é um começo.
A equipe de Duke (https://franklin.pratt.duke.edu/) se baseia em sem semicondutores 2D e nanotubos (1D) de carbono sendo liderada por Aaron Franklin.
No protótipo eles conseguiram uma estrutura que pode conduzir uma corrente de 87 uA e uma tensão sub-limiar de 132 mV que permitirá a elaboração de transistores totalmente de carbono.