A preocupação com fontes de energia renováveis é um dos itens de maior interesse no nosso século. Além do problema da poluição causada por fontes não renováveis, como o petróleo, temos o agravante de que o armazenamento da energia por meios convencionais ainda é caro e completo.
Tentando encontrar novas soluções para este problema, pesquisadores de Universidade Politécnica de Madrid estão trabalhando numa tecnologia que promete ser muito interessante e barata para o armazenamento de energia.
A ideia é usar o silício (o mais abundante dos elementos da terra) para armazenar energia na forma de calor.
Assim, o que se pretende é aquecer o silício a uma temperatura de 1 400º C de modo que ele armazene energia (como no magma) e contê-lo em recipientes especiais que o isolem do meio ambiente.
O aquecimento desse silício pode ser obtido por fontes renováveis de energia como a solar, eólica, etc.
Liberando gradualmente o calor armazenado ele pode ser convertido em energia elétrica de forma gradual, independente de influências externas.
Para se ter uma ideia da eficiência deste processo, basta dizer que 1 metro cúbico de silício aquecido pode armazenar 1 MWh de energia, o que segundo os pesquisadores é 10 vezes mais que outros sistemas equivalentes até agora pesquisados.
A conversão do calor em energia elétrica pode ser feita por células termoelétricas. Segundo os pesquisadores essas células alcançam uma eficiência de 50% podendo produzir 100 vezes mais energia por unidade de área do que células solares convencionais.
Uma característica importante do sistema, ressaltada pelos pesquisadores está no fato do sistema não ter peças mecânicas móveis o que o torna absolutamente silencioso e aumenta sua confiabilidade.
A notícia foi dada no jornal Energy de 15 de julho, publicado pela Elsevier.