- Software OpenFlow na versão 1.2 está disponível para download por toda a comunidade de desenvolvedores do mundo
- Protocolo OpenFlow torna os elementos de rede – roteador ou ponto de acesso sem fio – programáveis de forma remota
- Projeto conta com incentivos da Lei de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
A Ericsson (NASDAQ:ERIC) e o CPqD estão disponibilizando para a comunidade de desenvolvedores de todo o mundo o primeiro resultado de um projeto de pesquisa conjunto no Brasil que visa disseminar o conceito de rede definida por software (ou SDN, do inglês Software Defined Networking) com base no protocolo OpenFlow. Trata-se do primeiro conjunto de componentes de software (tool kit), de código aberto, disponível para a versão 1.2 do OpenFlow.
O OpenFlow, desenvolvido na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, é o protocolo ou padrão aberto que torna os elementos da rede (como o roteador ou ponto de acesso sem fio) programáveis remotamente. O OpenFlow separa os planos de controle e de encaminhamento, permitindo, por exemplo, a implementação e testes de protocolos experimentais de uma forma muito mais simples.
Iniciado em fevereiro deste ano, o projeto do protocolo OpenFlow 1.2 está sendo desenvolvido por meio de uma parceria entre a área de pesquisas da Ericsson e o CPqD, utilizando os incentivos da Lei de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O projeto tem duração prevista de um ano e meio.
A Ericsson iniciou suas atividades de P&D na década de 70, inaugurando em 2001, o Centro de Inovação (CI), em Indaiatuba.
Christian Esteve Rothenberg, pesquisador doutor da Diretoria de Redes Convergentes do CPqD, afirma: “Com o código aberto, estamos oferecendo à comunidade de desenvolvedores interessada em trabalhar com a tecnologia OpenFlow um ambiente para inovação e experimentação de projetos na área de redes definidas por software”.
De acordo com Rothenberg, que coordena o projeto no CPqD, o projeto está dividido em etapas, sendo que nesta primeira, finalizada agora, estão sendo entregues o protótipo de comutador (software switch) OpenFlow 1.2 e outros componentes de software, como o primeiro controlador para a versão 1.2 do OpenFlow e um framework de testes atualizado, preparado, por exemplo, para o tráfego de redes IPv6. Na próxima fase serão desenvolvidos componentes de software para a versão 1.3 do OpenFlow.
“Todo o kit está disponível em uma única máquina virtual, com os componentes compilados e configurados, tudo pronto para ser baixado de um servidor público. Se preferir, o desenvolvedor pode também baixar cada componente em separado”, diz Rothenberg. A principal vantagem da rede definida por software está na possibilidade de programação por intermédio de inteligência remota, que roda em computadores comuns ou na nuvem e, por isso, pode ser totalmente aberta a inovações.
Sob o conceito de “Inovação Aberta”, funcionários e colaboradores da Ericsson desenvolvem projetos de pesquisa e desenvolvimento com instituições parceiras, como o CPqD, baseados no compartilhamento de conhecimento e colaboração contínuos. Nos últimos cinco anos, a empresa dedicou mais de 2,2 milhões de horas no desenvolvimento de software, atingindo a marca de R$ 260 milhões apenas em exportações de softwares no Brasil. Os projetos de pesquisa da Ericsson trabalham na fronteira do conhecimento tecnológico, gerando novos conceitos e tecnologias para o futuro da Sociedade Conectada.
Faça o download do tool Kit OpenFlow 1.2 por meio do site https://github.com/CPqD/OpenFlow-1.2-Tutorial