Materiais com estruturas cristalinas unidimensionais como o grafeno e o borofano estão abrindo caminho para uma nova tecnologia eletrônica de semicondutores. Já temos diversos dispositivos em fase de desenvolvimento prometendo muito para a tecnologia eletrônica.
Ao que parece, não apenas o carbono e o boro podem ter estruturas unidimensionais hexagonais como também outros e até mesmo os materiais tradicionais da eletrônica, como o próprio silício.
Assim, os pesquisadores da Carnegie Mellon dos Estados Unidos, Thomas Shell e Timothy Strobel desenvolveram um novo método de sintetizar o silício na forma hexagonal.
As propriedades obtidas para estas estruturas foram superiores a estrutura normal cúbica do silício usada hoje na fanricação de dispositivos semicondutores.
O trabalho desses pesquisadores foi publicado na Physical Review.
Os pesquisadores revelam que uma das possibilidades mais promissoras do uso dessas estruturas está no fato delas possuírem propriedades eletrônicas sintonizáveis.
Mas, sem dúvida, do ponto de vista da indústria, leve-se em conta que o silício é o segundo elemento em abundância na crosta terrestre, o que o coloca numa vantagem econômica enorme em relação aos demais, que apresentam alguma possibilidade de uso na indústria eletrônica em nossos dias.
Para os que desejam lembrar um pouco da física dos materiais, o silício é um dos muitos elementos da natureza que pode ser encontrado em formas alotrópicas, ou seja, o mesmo elemento, mas com formas diferentes.
É o caso do carbono que pode ser apresentar em diversas formas alotrópicas como o carvão, grafite, diamante, etc.
No caso do silício, a forma alotrópica usada tem a mesma estrutura do diamante, mas com a nova forma de cristalização já se prevê uma grande quantidade de novos dispositivos como transistores, células fotovoltaicas, etc.
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