Setembro de 2017 – No mundo de hoje onde informação é fundamental, ter meios de armazenamento de grande quantidade de dados é algo com que sonhamos desde os tempos em que 64k de RAM eram muito e como diziam na época, “quem vai precisar de mais memória?”
Na realidade, a luta com espaços de armazenamento cada vez maiores é fundamental em nossos tempos e os pesquisadores da Universidade de Manchester estão trabalhando nisso.
De fato, até então o armazenamento através de campos magnéticos trabalhava com domínios em que havia uma polarização magnética de uma certa quantidade de átomos, conforme o bit que deveria ser gravado,. Em outras palavras, cada bit precisava de muitas moléculas ou átomos.
Foi possível chegar a grãos magnéticos muito pequenos da ordem de 10 a 20 nm, capazes de manter alinhamentos conforme o bit gravado, mas isso ainda significa que é possível ir além.
O que os cientistas conseguiram é fazer com que moléculas individuais pudesse manter um alinhamento conforme o bit que deveriam armazenar o que nos levaria a menor memória material prática possível.
O problema é que isso só ocorre em temperaturas baixas, da ordem de -259º C, o que exige o emprego do hélio líquido para o funcionamento.
Os cientistas da Universidade de Manchester, entretanto, estão obtendo progressos e já conseguiram o armazenamento de bits em moléculas individuais de disprósio (um elemento químico) a uma temperatura de -213º C. Sua meta é elevar mais ainda a temperatura chegando aos -190º C.
Mais uma luta contra a temperatura, como já ocorre no sentido de se obter materiais supercondutores que cada vez mais se aproximem das temperaturas ambientes, levando a dispositivos práticos que operem sem a necessidade de refrigeração. Chegaremos lá.