Os próximosjogos olímpicos estão se aproximando – sendo assim novidades sobre o que será feito de diferente, no quesito tecnologia, durante asXXIII Olimpíadas de Inverno de 2018 são notícia. O evento será na cidade sul-coreana de Pyeongchang e algumas dessas inovações foram reveladas semana passada a partir da parceria assinada entre a gigante dos processadores, Intel, e o Comitê Olímpico Internacional (COI).

 

Já fazia algum tempo que a empresa, com base naCalifórnia, estava visando a indústria dos esportes para o lançamento de tecnologias emergentes que vão além do universo dos computadores – como a de Realidade Virtual, ou VR (do inglês, Virtual Reality), drones, e serviços 5G. E foi isso que ela conseguiu: começando ano que vem até 2024, o que significa que incluirámais 4 eventos esportivos em seus esforços de modernização para o futuro: os Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020, os de Inverno em Pequim em 2022, e as Olimpíadas de 2024 que ainda não tem sede definida.

 

A intenção é expandir as possibilidades de transmissão do evento e alcançar o máximo de pessoas possível em diferentes plataformas com suas soluções tecnológicas. O crescimento das redes digitais e tecnologias midiáticas já havia contribuído para o aumento da cobertura dos eventos, que antes eram limitados aos espectadores ao vivo nos estádios, depois passou a ter cobertura televisiva e agora passa por uma nova era de mudanças. Isso foi feitopara melhorar a experiência dos fãs e entusiastas de esporte.

 

A tecnologia de VR oferecerá a primeira transmissão ao vivo - quase que literalmente eem 3D - em realidade virtual já feita. A ação dos jogos será coberta de todos os ângulos e nada será perdido com a tecnologia de replay 360 graus, com a ajuda de drones para capturar o máximo de imagens possível. Tudo isso divulgado com o poder da próxima geração de conexão sem fio 5G, em plataformas que até ano que vem se planeja estarem mais difundidas.

 

Trazer inovações a partir dos eventos olímpicos não é algo inédito. A cada dois anos os jogos são um verdadeiro palco de testes e lançamentos de avanços em diferentes áreas, não só para melhorar a divulgação dos jogos, mas para otimizar a organização dos eventos, diminuir a probabilidade de incidentes e facilitar a contagem dos pontos.

 

 

 

Um exemplo utilizado nas últimas Olimpíadas no Rio de Janeiro foi a versão aperfeiçoada da câmera de photofinish, dispositivo que captura a imagem de cada corredor ao cruzar a linha de chegada, que possibilitou o registro de 10 mil imagens digitais em linha vertical por segundo. Ainda no atletismo, os blocos de partida também foram embutidos com sensores para medir a força do atleta no suporte para os pés, que for terem uma taxa de registro de 4 mil vezes por segundo, conseguem indicar com precisão quando algum competidor queima a largada, o que causa sua eliminação.

 

A natação também se beneficiou com um contador eletrônico submerso na raia de cada atleta, próximo das bordas, que registra o número de voltas e os dados parciais de cada, para saber quantos metros já foram percorridos e em que momento da prova ele está a cada virada, nas longas de 800 e 1.500 metros nado livre.

 

Além dessas tecnologias desenvolvidas exclusivamente para as Olimpíadas de 2016, no Brasil, o mesmo aconteceu nos últimos Jogos Olímpicos de Inverno, que tomaram lugar em 2014, em Sochi – cidade russa conhecida por sediar diversos eventos importantes como um dos maiores festivais de poker da Europa e oGrande Prêmio da Rússia de Fórmula 1. Lá, muitas atualizações inovadoras e tecnológicas ajudaram os atletas a melhorar seu desempenho, especialmente em circunstâncias extremas devido ao clima frio e devido àneve.

 

Uma delas foi o traje especial para patinação de velocidade Mach 39, desenvolvido com tecnologia militar para ajudar a reduzir o atrito da fricção entre as coxas dos atletas e com uma área furada nas costas para dissipação do calor. O objetivo é aumentar levemente a velocidade dos patinadores. Além de aparatos para usar nas competições, foi instalado um Sistema de Reconhecimento Facial, o Broadway 3D da empresa Artec ID, nos aeroportos devido ao grande fluxo de turistas visitando a cidade. Ele écapaz de identificar de forma rápida e precisa o rosto de alguém – mesmo usando chapéu ou óculos de sol, já que pode analisar até quarenta mil pontos faciais. O equipamento étão avançado que consegue identificar gêmeos idênticos.

 

E essas são apenas algumas amostras das dezenas que opções que podem ser citadas e que continuarão cada vez mais a se desenvolver e a serem aplicadas não apenas nas competições esportivas – mas aproveitadas em outros âmbitos da sociedade.