No século passado descobriu-se que os astros e também muitos fenômenos cósmicos são responsáveis não apenas pela emissão de luz no espectro visível, mas também radiações em toda a faixa do espectro magnético, incluindo principalmente o espectro de rádio.

Desde então a radioastronomia passou a ser uma ferramenta importante no estudo do cosmos com a criação de radiotelescópios cada vez mais sensíveis.

O uso do Maser na amplificação de sinais a uma temperatura próxima do zero absoluto permitiu a elaboração de equipamentos extremamente sensíveis capazes de revelar os sinais mais fracos sem o ruído térmico gerado pelos próprios circuitos.

Mas, um problema apresentado por este tipo de recurso de exploração do universo, como no caso dos telescópios ópticos é o tamanho.

Num telescópio óptico quando maior é o tamanho da lente mais luz pode ser captada e com isso mais fraco em luminosidade e o menor objeto que conseguimos ver.

Num radiotelescópio isso também é válido. Quanto maior for o refletor mais fraco é o sinal que podemos captar.

O novo telescópio chinês chamado Tianyan que em chinês significa “olhos do céu” custou 184 milhões de dólares e tem um refletor de 500 metros de diâmetro com uma profundidade de 140 metros, sendo duas vezes mais sensível que o até então maior do mundo em Arecibo (Porto Rico).

Nos seus primeiros trabalhos o instrumento já detectou ondas de um pulsar a 1 351 anos luz de distância (Pulsar é um tipo de estrela que gira rapidamente emitindo pulsos ritmados de micro-ondas).

Pelo estudo dos pulsares os cientistas acreditam ser possível detectar ondas gravitacionais.

 

Imagem: cortesia do National Astronomical Observatories (China).
Imagem: cortesia do National Astronomical Observatories (China).