Correu recentemente na Internet a notícia que comer demais certos alimentos, como bananas pode causar câncer devido à radioatividade que apresenta. É mais um daqueles falsos alarmes que correm todos os dias pela Internet com a forte apelação de “repasse que é importante”.
A origem está nos Estados Unidos, onde um estudo feito sobre materiais que os humanos têm contato diário e que apresentam certos níveis de radioatividade revela que alguns alimentos de uso comum apresentam radioatividade.
Se levarmos em conta que a radioatividade está presente em tudo, pois os átomos de todos as coisas possuem um certo nível de instabilidade, não temos como escapar.
No entanto, existem níveis perigosos que devem ser considerados e não é o caso dos alimentos que consumimos no dia a dia em condições normais, a não ser que estejam contaminados.
Assim, um estudo feito por engenheiros nucleares da Universidade Estadual da Carolina do Norte, mostra que os alimentos comuns possuem níveis de radiação que estão perfeitamente dentro do normal e que não devem causar pânico.
Pesquisadores, usando um detector de raios gama mediram o nível de radiação de alguns alimentos naturais. Eis alguns resultados:
Banana = 0,17 uGy/h
Abacate = 0,16 uGy/h
Tijolos ou blocos de uma construção (média) = 0,15 uGy/hr
Para efeito de comparação, o urânio natural tem um nível de radiação de 1,57 uGy/hr.
Estes níveis de radiação são extremamente baixos. Segundo a regulamentação do serviço de saúde do governo americano, o nível seguro de exposição à radiação para trabalhadores não deve exceder 50 000 uGy por ano!
Já fizeram o cálculo de quantas bananas é preciso comer para chegar a este nível?
Enfim, a não ser que o alimento esteja contaminado, os níveis de radiação natural que apresentam são baixos demais para apresentar qualquer perigo.
Leia mais em: https://news.ncsu.edu/2016/10/radioactive-avocado-2016/
Obs.: a radiação nuclear é medida em microgray por hora (uGy/h) – notamos que na documentação original “hora” está abreviada por hr e não h que é o correto.