Dependendo da bobina L1 este transmissor pode operar em frequências entre 10 MHz e 50 MHz. O alcance depende não só da frequência escolhida para operação como também da antena, da sensibilidade do receptor e das condições locais (propagação, obstáculos, etc.).
O circuito utiliza dois transistores e possui um controle de modulação que é feito em um trimpot ou potenciômetro (P1). O projeto prevê a utilização de outros tipos de microfone ou mesmo fontes de sinais de áudio externas, como a saída de um pré-amplificador.
A alimentação pode ser feita com tensões de 6 a 12 V, obtida de pilhas grandes, fonte ou mesmo bateria. Dado o consumo relativamente alto, para tensões acima de 6 V não se recomenda o uso de pilhas.
Com pilhas pequenas, para uma alimentação de 6 V podemos obter uma unidade compacta de uso portátil, mas ele deve ser usado em comunicações de curta duração apenas, dado o consumo elevado.
Na figura 1 temos o diagrama completo do transmissor do projeto 4.
A montagem dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.
A bobina L1 depende da faixa de frequências em que se deseja operar o transmissor. Para frequências de 10 a 20 MHz essa bobina deve ser enrolada num pequeno bastão de ferrite de 0,8 a 1,2 cm de diâmetro com fio comum 22 ou esmaltado de 20 a 26.
Para frequências mais elevadas a forma tem 1 cm de diâmetro, mas sem núcleo.
L2 também depende da frequência e é enlaçada em L1 nas versões sem núcleo e enrolada ao lado, nas versões com núcleo.
A tabela com o número de espiras para as diversas faixas de frequências é dada a seguir.
O transistor Q2 deve ter um radiador de calor que nada mais é do que uma chapinha de metal de 3 x 5 fixada neste componente.
Os trimmers CV1 e CV2 são comuns plásticos ou de porcelana e podem ter capacitâncias máximas de 20 a 50 pF. Os resistores são todos de 1/8 W exceto R6 que é de 1/2 ou 1 W.
P1 é o ajuste de modulação e tanto pode ser usado um trimpot como um potenciômetro comum.
Os capacitores C1, C2 e C5 são eletrolíticos com uma tensão mínima de trabalho de 16 V, e os demais capacitores devem ser todos cerâmicos tipo disco ou equivalente.
Para ajustar o circuito, ligue o transmissor e a uma certa distância, sintonizado em frequência livre um receptor que capte os sinais emitidos. Como antena pode ser usado um pedaço de fio comum de 20 a 80 cm de comprimento.
Ajuste inicialmente CV1 para captar o sinal desejado, e depois CV2 para obter a máxima intensidade. No ajuste de CV2 pode ser necessário retocar a sintonia em CV1.
Depois, ajuste P1 para obter um som puro ao falar diante do microfone, ou para a fonte de som usada.
Se utilizar uma fonte externa, faça sua conexão com fio curto ou blindado para que não ocorram roncos. Esta fonte deve ter excelente filtragem.
>Semicondutores:
Q1 - BC548 ou equivalente - transistor NPN de uso geral
Q2 - BD135 ou equivalente - transistor NPN de média potência
Resistores: (1/8W, 5%)
R1, R3 - 10 k Ω – marrom, preto, laranja
R2 - 470 k Ω – amarelo, violeta, amarelo
R4 - 4,7 k Ω – amarelo, violeta, vermelho
R5 - 2,2 k Ω – vermelho, vermelho, vermelho
R6 - 47 Ω x ½ W – amarelo, violeta, preto
P1 - 220 k ou 470 k Ω - trimpot ou potenciômetro
Capacitores:
C1, C2 - 10 µF/16 V - eletrolíticos
C3 - 10 nF - cerâmico
C4 - 47 pF - cerâmico
C5 - 100 µF x 16V - eletrolítico
C6 - 100 nF - cerâmico
CV1, CV2 - trimmers comuns - ver texto
Diversos:
MIC - microfone de eletreto comum de dois terminais
L1, L2 - bobinas - ver texto
Placa de circuito impresso, radiador de calor para Q2, caixa para montagem, fonte de alimentação ou suporte de pilhas, fios, antena, solda, bastão de ferrite, etc.