Descrevemos um sensível detector de sinais (medidor de intensidade de campo) que pode ser usado na descoberta de transmissores de espionagem ocultos. Esse detector pode não só indicar a presença de transmissores ocultos como também dar uma ideia de sua potência, o que é interessante para sabermos se o receptor está localizado perto ou longe.

 

Medidores de intensidade de campo ou detectores de sinais de RF são usados para descobrir transmissores espiões de diversos tipos.

 

Eles “farejam” os sinais transmitidos, indicando sua potência e além disso permitem que, pela variação da intensidade, possamos determinar onde esse transmissor esta escondido.

O detector que descrevemos aqui é simples e sensível podendo ser usado pelo leitor que gosta de espionagem ou que deseja se prevenir contra ela.

 

 

Como Funciona

O circuito conta com uma pequena antena telescópica que capta os sinais de uma faixa de frequências determinada basicamente pela bobina L1. No nosso caso, projetamos essa bobina para detectar sinais na faixa de 60 a 120 MHz que é a mais usada pelos transmissores espiões.

O sinal captado é então detectado pelo diodo D1 e levado à base de um transistor de efeito de campo de junção onde é amplificado.

Esse sinal excita um instrumento indicador que nada mais é do que um microamperímetros comum de 200 µA ou próximo disso.

O único ajuste do aparelho é feito no trimpot P1 para que o indicador fique no zero na ausência de sinais no local considerado.

A alimentação do circuito pode ser feita com tensões de 3 a 9 V, e como seu consumo é muito baixo, baterias ou pilhas usadas com essa finalidade terão uma durabilidade muito grande.

 

Montagem

Na figura 1 damos o diagrama completo do medidor de intensidade de campo ou detector de espiões.

 

 


 

 

 

 

A montagem pode ser feita com base numa placa de circuito impresso e até mesmo uma pequena ponte de terminais isolados pois trata-se de circuito simples e não crítico. Uma sugestão de montagem é dada na figura 2.

 


 

 

 

A bobina L1 consiste em 6 espiras de fio 22 ou 24 AWG em forma de 1 cm de diâmetro. Pode também ser usado um choque de RF de 200 µH a 470 µH com a mesma finalidade.

O transistor pode ser qualquer de efeito de campo de junção JFET como o BF245 que é o mais comum ou o MPF102 que também é bastante popular. Apenas observamos que o MPF102 tem pinagem diferente, devendo ser ligado de outra forma, conforme mostra a figura 3.

 

 


 

 

 

O circuito pode ser instalado numa pequena caixa plástica (a Patola oferece diversas opções) e a antena é do tipo telescópico com 40 a 100 cm de comprimento. Maiores antenas proporcionam maior sensibilidade.

 

Prova e Uso

Para testar o aparelho ligue sua alimentação e ajuste o trimpot para que o indicador marque zero.

Depois, aproximando a antena telescópica de um pequeno transmissor, observe que a agulha do instrumento dá um salto, mostrando a presença de sinal.

Se o movimento da agulha for “ao contrário” tendendo a valores menores que zero, inverta a ligação do instrumento.

Para usar o aparelho, basta percorrer o local suspeito, atentando para qualquer movimento da agulha do instrumento que possa indicar a presença de um transmissor oculto.

 

 

Q1 – BF245 – Transistor de efeito de campo de junção (JFET)

D1 – 1N60 ou qualquer diodo de germânio

M1 – 200 µA – instrumento indicador – ver texto

S1 – Interruptor simples

B1 – 2 pilhas, 4 pilhas ou bateria de 9 V

R1 – 2,7 M Ω x 1/8 W – resistor – vermelho, violeta, verde

R2 – 2,2 k Ω x 1/8 W – resistor – vermelho, vermelho, vermelho

L1 - Bobina – ver texto

C1 – 100 pF – capacitor cerâmico

A – Antena telescópica – ver texto

P1 – 10 k Ω – trimpot

 

Diversos:

Suporte de pilhas ou conector de bateria, placa de circuito impresso ou ponte de terminais, caixa para montagem, fios, solda, etc.