O que muitos leitores não imaginam é que coisas interessantes e úteis podem ser feitas com poucos componentes e em pouco tempo. Este é o caso de um aparelho que mostra como a eletrônica aliada a um pouco de imaginação pode ajudar num trabalho de investigação.
Na verdade, se o leitor pretende ser detetive ou espião ou precisa se defender de alguns desses, a posse de um “dedo-duro” eletrônico pode ser de grande valia.
Dedo-duro, na linguagem popular significa “acusador” ou alguém que delata algo feito por outrem.
Em nosso caso, temos uma versão eletrônica que pode acusar e memorizar intrusões ou violações de um local, o toque num objeto, e até mesmo, a abertura de uma gaveta ou caixa.
Se você desconfia que alguém anda bisbilhotando sua gaveta, seu quarto ou sua bancada, a instalação desse aparelho vai revelar se na sua ausência isso ocorreu realmente.
A memorização é feita por meio de um LED que ficará aceso se o sensor for ativado, mesmo depois que o intruso deixe o local, feche a gaveta ou arrume tudo como estava antes.
O circuito é muito sensível e é alimentado por pilhas com consumo muito baixo, assim, o LED pode ficar aceso por horas seguidas depois que alguém tocar no sensor, que pode ser um objeto de metal ou do tipo de balanço.
A escolha do sensor dependerá da aplicação.
Para um sensor de toque, podemos ligar a garra-jacaré que corresponde no sensor a objetos que devem ser protegidos, maçanetas de portas, fechaduras de caixas, etc.
Para um sensor de balanço, ele pode ser colocado numa caixinha no interior de uma gaveta.
Se a gaveta for aberta, o LED acende pelo balanço do sensor e assim permanece.
É claro que o sensor deve estar sempre oculto, para não ser descoberto por intrusos.
Na figura 1, temos o diagrama completo do aparelho.
Podemos também usar uma ponte de terminais como sustentação para os componentes, veja disposição na figura 2.
O LED pode ser de qualquer cor e os resistores são comuns.
R3 será necessário apenas se for notada uma sensibilidade excessiva e for preciso reduzi-la.
O SCR é qualquer um da série 106.
Os fios de conexão aos sensores e ao terra não podem ser muito longos de modo a não haver o disparo errático.
Não devemos usar como sensores objetos muito grandes (carros, motos) ou ainda objetos que tenham contato coma terra, como geladeiras, por exemplo.
Com estes objetos, o disparo ocorre de forma incontrolável.
Para usar, basta ligar G2 no objeto a ser protegido ou num sensor (placa de metal) e G, a qualquer objeto de grande porte em contato com a terra.
Outra maneira é ligar G1 e G2 num sensor de balanço (pêndulo).
O teste de funcionamento pode ser feito pelo simples toque no sensor ou balanço do pêndulo.
Para rearmar o circuito, basta abrir por um momento S1 e depois ligá-lo novamente.
O circuito também pode ser alimentado por bateria de 9 V mas, neste caso, será interessante aumentar R1 para 1,2 k Ω ou 1,5 k Ω de modo a reduzir o consumo e assim prolongar a autonomia da fonte de energia.
Semicondutores:
SCR - TlC106 ou equivalente diodo controlado de silício
LED1 - LED vermelho ou de outra cor
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 - 100 k Ω (marrom, preto, amarelo)
R2 - 470 Ω (amarelo, violeta, marrom)
R3 - 47 k Ω (amarelo, violeta, laranja)
Diversos:
Ponte de terminais, suporte de pilhas ou conector de bateria, garras-jacaré, caixa para montagem, fios, solda, etc.