Em outro artigo que publicamos por volta de 1986 novamente surpreendia seus leitores com um brinde interessante: a placa de circuito impresso uItra-miniaturizada, para a montagem de um microamplificador de áudio. Podendo ser alimentado com tensões 3 e 12 V, este pequeno amplificador fornecia potências na faixa de 100 mW até perto de 1 watt com excelente qualidade seguinte.

Numa versão melhorada, mas ainda "micro", apresentamos um amplificador que certamente vai agradar os leitores que não montaram, ou que desejam "reprisar" aquele projeto.

Nosso amplificador também funciona com tensões entre 3 e 12 V e fornece a mesma faixa de potências, podendo ser usado para reforçar sinais de pequenos rádios, como etapa de um toca-discos ou intercomunicador, ou na bancada, no teste de diversos equipamentos.

 

Montagem

Na figura 1 temos o diagrama completo do micro-amplificador.

 

Figura 1 – Diagrama do micro-amplificador
Figura 1 – Diagrama do micro-amplificador

 

Os transistores Q3 e Q4 devem ser escolhidos de acordo com a tensão de alimentação, segundo se segue:

3 Volts e 6 Volts

Q3 = BC237, BC238, BC239, BC547, BC548 BCS49, BC337, BC338

Q4 –BC557, BC557, BC559, BC580, BC327, BC329

 

9 ou 12 V:

Q3 – BC635, BC637, BC639

Q4 – BC638, BC640, BC636

 

A placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.

 

Figura 2 – Placa para a montagem
Figura 2 – Placa para a montagem

 

Os diodos D1 e DZ podem ser de qualquer tipo de silício de uso geral, como os 1N4148, 1N4001, etc.

O resistor R4 deve eventualmente ser alterado, se for notada uma corrente de repouso alta. Podemos dizer que ele pode ficar na faixa de 470 Ω até 2k2.

A colocação provisória de um trimpot de 2k2 em lugar dele, tendo em série um resistor de 470 Ω para o ajuste, é uma solução que permite obter o melhor desempenho.

Os capacitores eletrolíticos devem ter tensões de trabalho um pouco maiores que a tensão de alimentação escolhida.

O resistor R3 também influi na corrente de repouso e no desempenho do amplificador, podendo eventualmente ser alterado na faixa de 220 Ω a 1M5.

 

Prova e Uso

Ligue o amplificador numa fonte com boa filtragem, com capacidade de corrente de pelo menos 500 mA ou num conjunto de pilhas.

Na saída, ligue um alto-falante de 4 ou 8 Ω de boa qualidade.

Aplique o sinal na entrada. Este sinal pode vir de um toca-discos com cápsula de cristal, um microfone de cristal, um radinho, um tape-deck ou um gravador cassete.

 

Obs. O artigo é de 1986. Podem ser usadas outras fontes de sinal modernas.

 

No rádio e no gravador, o sinal pode ser tirado da tomada de fone ou monitor.

Na figura 3 damos o procedimento para se acrescentar um controle de volume.

 

   Figura 3 – Acrescentando um controle de volume
Figura 3 – Acrescentando um controle de volume

 

A reprodução deve sair normal e alta, sem distorção.

Se ocorrerem distorções, procure alterar o valor de R4 e de R3.

Encontrando o ponto ideal de funcionamento é só usar seu microamplificador.

Monte duas unidades para ter um sistema estereofônico.

 

Q1, Q2 - BCS48

Q3 - Ver texto

Q4 - Ver texto

D1, D2 - 1N4148 ou equivalentes – diodos de silício

R2 - 2M2 x 1/8 W - resistor (vermelho, vermelho, verde)

R2 – 10 k x 1/8 W - resistor (marrom, preto, laranja)

R3 – 1 M x 1/8 W - resistor (marrom, preto, verde)

R4 - 470 Ω x 1/8 W - resistor (amarelo, violeta, marrom)

C1 - 100 nF (104) - capacitor cerâmico

C2 - 4n7 (472) - capacitor cerâmico

C3 - 1 µF - capacitor eletrolítico

C4 - 200 µF - capacitor eletrolítico

C5 - 10 µF - capacitor eletrolítico

Diversos: placa de circuito impresso, alto-falante de 4 ou 8 Ω, fios, fonte de alimentação, potenciômetro de volume (ver texto), etc.