O que faremos neste caso será uma repetição aperfeiçoada da experiência que levou Oersted a descoberta de que correntes elétricas criam campos magnéticos. Como para obter uma deflexão considerável de uma agulha imantada por um campo de condutor precisamos de uma corrente muito intensa, o que faremos será modificar um pouco a experiência no sentido de que, usando um condutor "múltiplo" precisaremos de uma corrente muito mais fraca que pode inclusive ser obtida a partir de pilhas da lanterna comuns.
MATERIAL
O material na sua maioria não será de natureza ”eletrônica" mas sim improvisado. Assim, a agulha imantada pode ser uma bússola comum que pode ser adquirida em papelarias ou casas de brinquedos, ou mesmo improvisada com uma lâmina de barbear, ou agulha de aço, enquanto que a bobina enrolada com fio de ligação comum como uma base uma tábua ou mesmo tampa de caixa de sapatos.
O material a ser usado consta do seguinte:
- 10 metros de fio flexível de capa plástica (cabinho).
- 1 bússola ou agulha imantada.
- 1 suporte para 4 pilhas grandes.
- 4 pilhas grandes.
- 1 interruptor de pressão (tipo botão de campainha),
- 1 base de madeira de 15 x 30 em aproximadamente.
2 pedaços de madeira de 2 x 3 x 2 cm.
O CIRCUITO
O circuito do aparelho para a experiência é dado na figura 1.
Trata-se simplesmente de se fazer circular uma corrente pela “bobina" formada de modo que em torno das espiras que devem ser levadas em conta como um único condutor apareça um campo magnético intenso capaz de deflexionar a agulha da bússola, ou da lâmina imantada usada como indicador.
O interruptor serve para ligar e desligar a corrente quando a experiência for feita. Usamos um interruptor de pressão porque não é conveniente que se mantenha a corrente circulando por muito tempo, já que sendo ela algo intensa pode em pouco tempo causar o esgotamento das pilhas.
Na figura 2 temos a disposição dos componentes do circuito em seu aspecto real, mostrando que a bobina é obtida enrolando-se os 10 metros de fio encapado (pode também ser usado fio esmaltado 28) em torno da tábua que serve como base.
Os dois tocos fixados nos extremos da tábua servem para manter o fio afastado da sua superfície.
O elemento detector do campo magnético será a agulha imantada da bússola que será colocada nas proximidades. Na impossibilidade de conseguir uma bússola o leitor pode improvisar uma agulha imantada do seguinte modo: pode imantar uma lâmina de barbear esfregando-a sempre num sentido num imã permanente. Depois prenda a lâmina pelo meio, conforme mostra a figura 3.
O mesmo pode ser feito com um alfinete ou agulha de bom tamanho.
Esfregando o alfinete ou lâmina num imã de modo ordenado este se imanta de maneira a poder ficar sujeito a ação de campos magnéticos e orientando-se segundo suas linhas de força.
No caso de uma bússola a experiência torna-se muito mais interessante em vista de sua sensibilidade.
A EXPERIENCIA
Coloque as pilhas no suporte e em seguida, a bússola ou agulha imantada nas proximidades do fio da bobina, conforme mostra a figura 4.
Aperte momentaneamente o interruptor de pressão. A agulha deve imediatamente mover-se pela ação do campo magnético criado pela corrente.
Soltando o interruptor, a agulha deve voltar a sua posição normal.Se & agulha oscilar e mantendo o botão apertado negar-se a parar numa posição verifique a possível existência de maus contactos nas ligações
Em seguida, estando tudo em ordem, prepare-se para a experiência que será feita verificando a direção em que a agulha se coloca em diferentes pontos das proximidades da tábua. Esses pontos são marcados pelas letras, A, B, C, etc., na figura 4.
Assim, colocando a bússola em cada um desses pontos aperte o interruptor e verifique a deflexão que ela tem, anotando-a numa folha de papel. Anote a direção que a agulha aponta e também a intensidade de seu movimento.