SENSOR DE LUMINOSIDADE ; DETECTOR DE MENTIRAS; DETECTOR DE AUMENTO DE UMIDADE

Na revista n° 102, publicamos um projeto bastante importante para todos os automobilistas desejosos de tirar o máximo de proveito de cada litro de combustível: um medidor digital de combustível. O circuito baseava-se nos integrados digitais da série TTL com dois indicadores, o que garantia uma precisão de dois dígitos para a medida.

 

Nota: Artigo da Revista Saber Eletrônica de agosto de 1981.

Analisando este circuito posteriormente, entretanto, verificamos que sua parte básica, o contador de dois dígitos, poderia ser aproveitada em muitas outras aplicações interessantes, e em alguns casos até mesmo o projeto original do medidor de combustível poderia ser adaptado para exercer novas funções.

Esta possibilidade deu então origem a este artigo em que ensinamos o leitor como modificar o projeto original da revista 102 para outras aplicações.

Em todos estes projetos, a parte básica do circuito, que é formada por dois integrados contadores, dois integrados decodificadores e dois displays, mantém sua função básica contando impulsos de um circuito de entrada. Este circuito de entrada é que é modificado para diversas aplicações práticas.

Aos leitores interessados neste projeto, observamos que o circuito original completo se encontra na revista 102 e que há uma correção na revista 104, pg. 61.

Antes de iniciarmos o relato sobre o funcionamento e adaptação das 3 modalidades de sensores no circuito, explicaremos como preparar o circuito:

a) retire o sistema tubo-lâmpada; b) retire o fototransistor (maiores detalhes na revista 102).

Após retirar estes componentes, verifique se ao ligar o circuito do medidor os displays indicam o número "00". Em caso contrário, verifique se não existe nenhuma anormalidade (componentes invertidos, soldas malfeitas, etc.).

Se tudo estiver em ordem, o circuito estará apto a receber as novas adaptações.

 

SENSOR DE LUMINOSIDADE

Este sensor pode ser usado como um fotômetro, capaz de detectar níveis diferentes de luminosidade. Uma das suas aplicações práticas seria na instalação de fontes luminosas num determinado local. O sensor auxiliaria a detectar fontes mal direcionadas, ocasionando diferença entre o nível de luminosidade desejado e o indicado.

O sensor consta de fototransistor, tubo, lente convexa, além do circuito do medidor.

O fototransistor é ligado nos pontos 25 e 50 da placa do medidor digital, como mostra a figura 1.

 


 

 

Diversos tipos de fototransistor, existentes no mercado, podem ser utilizados, desde que se observe a polaridade dos mesmos. No nosso caso, optamos pelo 2N5778, que já existe no circuito do medidor digital. (figura 2)

 


 

 

 

Colocando-se o fototransistor no tubo e depois a lente convexa, tem-se a unidade sensora pronta.

Ligando-se 2 fios no fototransistor e suas extremidades no circuito do medidor, a unidade já estará pronta para funcionar.

Ajuste a lente de tal forma que o foco coincida com a parte fotossensor do fototransistor (figura 3). Depois disso a unidade já estará pronta para a instalação, podendo-se orientar o sensor em qualquer direção.

 


 

 

 

DETECTOR DE MENTIRAS

O circuito pode ser usado como detector de reações psicológicas e reações físicas, que se originam desde perguntas embaraçosas até emoções mais fortes como sustos, medo, etc.

O sensor consta de 2 placas retangulares de metal. O sistema funciona como um ohmímetro, que detecta as variações de resistência elétrica ocasionados pela variação da umidade da pele, aumento da secreção das glândulas sudoríparas ou aumento da pressão dos dedos no sensor (figura 4).

 


 

 

 

As placas de metal devem ser ligadas nos pontos 25 e 50 indicados no esquema do medidor. Essas placas devem estar bem "limpas", sem nenhum resíduo de óxido ou sujeira.

A conexão dos fios nas placas pode ser feita por intermédio de soldagens ou parafusos (figura 5).

 


 

 

 

Para aumentar a sensibilidade do detector, reduza o valor do capacitor C2 para 0,1 µF.

 

DETECTOR DE AUMENTO DE UMIDADE

Sua utilização visa a detecção de aumento de umidade em locais onde a umidade ou a concentração de vapor devam ser controladas.

O circuito consta de 2 telas metálicas, tecido poroso com cloreto de sódio (NaCL — sal de cozinha) sobre sua superfície (figura 6).

Quando uma quantidade de água em estado gasoso se acumula no sensor, ela volta ao estado líquido dissolvendo o cloreto de sódio, produzindo íons H+ e OH-, que permitem a passagem de corrente elétrica, fazendo com que o circuito detecte a presença de água no sensor.

 

 


 

 

 

Quanto mais tempo o sensor permanecer em contato com a água, mais sal será dissolvido e maior será o número indicado no display.

Após um determinado tempo de utilização, será necessária a reposição do tecido poroso e do cloreto de sódio.

 


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Na figura 7 temos o circuito do medidor digital, com a indicação dos pontos 25 e 50, onde os sensores deverão ser ligados.

A alimentação do circuito poderá ser feita através de uma bateria de 12 V ou fonte de 110/12 V.

OBS.: A detecção feita pelos sensores, nas 3 aplicações descritas, é indicada pelo aumento ou variação no número demonstrado no display.

 


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