Este é o primeiro artigo que publicamos sobre o assunto (1976) vindo depois diversos outros incluindo novas descobertas e novas técnicas, algumas das quais utilizadas em projetos que descrevemos no site. O leitor poderá acessar diversos outros artigos nesta seção do site.

Sem dúvida, se este assunto fosse abordado há alguns anos atrás, poderia ser tomada apenas como alguma brincadeira de mau gosto, mas nunca analisadas seriamente ou mesmo abordadas em revistas técnicas ou cientificas.

Na realidade, a ligação entre "ionização" do ar ou do meio ambiente e o comportamento dos seres vivos, especificamente o Homem, se bem que observada desde há muito tempo, só tem sido estudada seriamente há bem pouco tempo e os resultados desses estudos só agora são trazidos a público.

Na Inglaterra, por exemplo, desde há muito se tem o costume de dizer que a eletricidade do ar pode afetar nosso estado de espírito fazendo-nos ficar de mau ou de bom humor, mas estas afirmações, durante muito tempo, também foram tomadas apenas como tola superstição pelos meios científicos.

Entretanto, as pesquisas mais recentes mostram o contrário. Não se trata meramente de uma superstição mas sim de fato concreto.

A eletricidade do ar citada pelo povo pode ser analisada em termos de ionização do ar, ou seja, a presença de partículas dotadas de cargas elétricas negativas (excesso de elétrons) ou positivas (falta de elétrons) e sua influência sobre as pessoas e todos os seres vivos pode ter diversas consequências.

Por algumas razões que ainda não são bem conhecidas, os íons positivos, quando presentes no meio ambiente, fazem-nos sentir cansados, de mau humor, afetando seriamente nossa capacidade de trabalho, enquanto que os íons negativos parecem ter efeito justamente contrário.

Esses efeitos podem ser eventualmente observados momentos antes de cair uma tempestade e durante ela, quando “fachos" de ionização percorrem o ambiente em que nos encontramos fazendo-nos sentir de cabeça pesada, de mau humor, cansados, etc.

Se a presença de cargas elétricas no ar ou no meio ambiente pode ser responsável por tais efeitos, é bastante importante que se observe no ambiente de trabalho a possibilidade de cargas nocivas (íons positivos) serem produzidos e consequentemente afetar até mesmo o rendimento de uma empresa.

A roupa que vestimos, os objetos que manuseamos, o ambiente em que trabalhamos, podem acumular íons positivos em determinadas condições que, uma vez transferidos para nosso corpo, ou respirados quando no ar, podem causar as perturbações que descrevemos.

Uma sala de trabalho de tecido sintético (forração) em quê nos deslocamos continuamente atritando os sapatos, gerará uma carga eletrostática que, uma vez no nosso corpo, poderá causar os sintomas de cansaço, dores de cabeça e mau humor de que falamos.

Evidentemente, uma solução interessante para se evitar o acúmulo descargas no organismo nessas condições, seria uma ligação permanente à terra, que poderia se traduzir no arrastar de uma corrente onde quer que fôssemos (talvez seja esse o motivo pelo qual os fantasmas arrastam correntes!).

Entretanto, soluções interessantes, algumas das quais até comercializadas. Uma delas consiste na colocação de uma chapinha metálica nos sapatos que faria constantemente, a conexão à terra evitando o acúmulo de íons, enquanto outra consiste numa tira condutora que podemos observar em veículos.

As roupas de tecido sintético podem ter efeitos semelhantes. As cargas acumuladas podem ter efeitos negativos sobre as pessoas que as usam; entretanto, é bom observarmos que a influência da ionização não ocorre por igual em todas as pessoas.

Parece mesmo que existem as que são imunes a todos os tipos de íons enquanto que outras podem até se sentir bem diante da ionização positiva.

Todos os efeitos que citamos já são conhecidos nos meios científicos que, inclusive, começam a aproveita-los com finalidades terapêuticas.

Nos hospitais de doenças alérgicas, por exemplo, ionizadores negativos colocam no ar ambiente pequenas cargas negativas controladas que levam um alívio considerável aos pacientes.

Verifica-se que os pacientes com queimaduras ou que sofram de doenças das vias respiratórias podem sentir-se consideravelmente aliviados diante de uma ionização negativa.

Analisa-se também a influência que a poluição atmosférica pode ter na ionização do ar e consequentemente na população que o respira. Talvez, em grande parte, os efeitos negativos que a poluição intensa tem na população se deva principalmente à formação de núcleos positivos de ionização que exerceriam sua ação de modo negativo.

As pesquisas realizadas nos laboratórios da Universidade da Califórnia, da influência dos íons sobre as plantas, mostram que uma pequena concentração de íons negativos pode acelerar o crescimento de uma planta em até 50%.

Por outro lado, nesses mesmos laboratórios, teria sido encontrada uma explicação do por que de tão grande influência da ionização em nosso estado de espírito.

Os íons influem diretamente sobre a serotonina do sangue, sendo esta justamente um hormônio ligado à facilitação dos impulsos nervosos nas junções sinápticas, fato que explicaria a direta atuação da eletricidade no sistema nervoso.

 

Artigo publicado originalmente em 1976