Este projeto é importante pois pode disparar um sistema de alarme, acionar uma câmera de vídeo ou mesmo disparar uma máquina fotográfica quando um pulso de luz incidir no sensor. O tempo de acionamento do dispositivo controlado depende do valor de R3 e C2, podendo ser ajustado desde alguns segundos até mais de 15 minutos.
Deixando o sensor apontado para o céu ou ainda para um local suspeito, quando houver a manifestação de algum fenômeno luminoso ocorrerá o seu disparo com o acionamento de um dos sistemas indicados.
O circuito na condição de espera tem um consumo muito baixo, podendo ficar ligado a noite inteira. No entanto, nada impede que ele seja alimentado a partir da rede de energia com uma fonte apropriada.
O relé usado pode controlar cargas de até 10 ampères, o que significa automatismos de alta potência ligados diretamente na rede de energia.
Na figura 1 mostramos como o aparelho pode ser ligado a uma câmera de vídeo, de modo a registrar automaticamente imagens num local a partir do momento em que ocorra o acionamento pelo foco de luz detectado.
Outra possibilidade interessante é acoplar a saída do circuito a uma lâmpada potente, que piscaria em resposta a eventuais sinais enviados por uma fonte distante.
Isso pode ser feito com as ligações mostradas na figura 2.
Trata-se de uma possibilidade interessante para se tentar um contacto com os OVNI.
Como Funciona
Na figura 3 damos o diagrama completo do detector.
O sensor deste aparelho é um LDR (foto-resistor) cuja resistência diminui com a luz incidente. O sensor usado possui excelente sensibilidade, mesmo sem a utilização de recursos ópticos.
No entanto, sua sensibilidade pode ser aumentada colocando-o num tubo com uma lente convergente, ou ainda num refletor parabólico posicionado de forma apropriada.
O ajuste da sensibilidade é feito pelo potenciômetro P1, de modo a compensar a luz de fundo ou eventuais interferências luminosas que possam estar presentes e que possam causar um disparo errático.
Quando um pulso de luz incide no LDR sua resistência diminui e o transistor Q1 conduz, fazendo com a tensão em seu coletor abaixe.
A redução da tensão faz com que a entrada de disparo do circuito integrado 555 mantida no nível alto pelo resistor R2, caia a um valor suficientemente baixo para que ele comute.
Nestas condições a saída do circuito integrado vai ao nível alto por um intervalo de tempo que depende de R3 e C2. O tempo máximo recomendado se obtém com um capacitor de 1 500 uF e um resistor de 22 uF caso em que nos aproximamos de meia hora.
Com a saída do circuito integrado indo ao nível alto, o transistor Q2 satura e com isso energiza a bobina do relé, que fecha seus contatos.
A carga do relé pode ser qualquer aparelho ligado inclusive na rede de energia, já que estes contatos são isolados.
Na condição de contatos fechados o consumo do aparelho sobe para algo em torno de 100 mA o que significa um desgaste algo rápido das pilhas. Assim, para um funcionamento em que os tempos de acionamento sejam maiores, será interessante usar fonte de alimentação em lugar de pilhas.
Na figura 4 damos uma sugestão de fonte de alimentação que pode ser usada neste aparelho.
O transformador para a fonte tem enrolamento primário de acordo com a rede de energia e secundário de 9 + 9 V com 300 a 500 mA. O regulador de tensão deve ser dotado de um pequeno radiador de calor.
Montagem
A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 5.
Para os leitores menos habilidosos recomendamos a utilização de soquete para o circuito integrado. O relé pode ser de qualquer tipo para 6 volts com corrente máxima de disparo de 100 mA. Se for usado um relé com base diferente da indicada a placa de circuito impresso deve ser modificada.
O LDR é do tipo redondo comum e eventualmente pode ser montado num tubinho com uma lente convergente, de modo a se obter maior diretividade e sensibilidade.
A montagem num tubo também impede que fontes espúrias de luz incidam lateralmente afetando tanto a sensibilidade como podendo provocar o disparo errático.
P1 é um potenciômetro comum de ajuste e seu valor não é crítico. Valores maiores proporcionam um ajuste mais fácil nas condições de menor iluminação, quando então temos mais sensibilidade.
Os capacitores eletrolíticos devem ter tensões mínimas de trabalho de 6 V e C2 pode ser alterado em função do tempo de disparo desejado.
O diodo é de uso geral e admite equivalentes. Para as pilhas recomendamos o uso de tipos médios ou grandes, dado o consumo maior na condição de disparo do relé.
Deve ser usado um suporte apropriado e a polaridade na ligação deve ser observada pois, se for feita a inversão, o aparelho não funcionará.
O conjunto pode ser montado numa pequena caixa plástica com o LDR do lado externo. Para a ligação do aparelho controlado pode ser usada uma ponte de terminais com parafusos.
Na figura 6 mostramos como deve ser feita a ligação de um aparelho controlado por este dispositivo.
Prova e Uso
Para provar o aparelho ligue nos contatos do relé qualquer aparelho que possa ser controlado, por exemplo, uma lâmpada comum ou mesmo um eletrodoméstico.
Depois coloque P1 na posição de menor sensibilidade (com menor resistência) e ligue a unidade acionando 81. Não deve ocorrer o disparo. Se ocorrer, aguarde, pois no final do tempo programado o relé deve desligar. O LDR deve estar no escuro, coberto por algum tipo de objeto que não deixe luz incidir em sua superfície.
Depois disso, abra gradualmente o controle de sensibilidade até ser obtido o disparo. Quando isso ocorrer, volte ligeiramente o ajuste e espere até que o relé desligue, será interessante fazer os testes com um valor de C2 baixo para que os tempos de espera sejam menores)
Descobrindo o LDR de modo a incidir luz, deve haver o disparo do relé pelo tempo esperado.
Para usar proceda da seguinte forma:
a) Leve o aparelho até o local em que deve monitorar eventuais pulsos de luz;
b) Nas condições de luz em que ele vai funcionar ligue a unidade e ajuste P1 para que o circuito permaneça no limiar do disparo. Isso é obtido abrindo-se P1 até o disparo e depois voltando-se um pouco até que ele não dispare mais;
c) Deixe o aparelho nestas condições monitorando a luz do ambiente desejado.
Semicondutores
Cl-1 - 555 - circuito integrado timer
Q1, Q2 - BC547 - transistores NPN de uso geral
D1 - 1N4148 - diodo de uso geral
Resistores (1/8 W, 5%)
R1 - 22 k ohms - (vermelho, vermelho, laranja)
R2 - 47 k ohms - (amarelo, violeta, laranja)
R3 - 1 M ohms - (marrom, preto, verde)
R4 - 1,5 k ohms - (marrom, verde, vermelho)
P1 - 1 M ohms – potenciômetro
LDR - loto-resistor redondo de 1 ou 2,5 cm - ver texto
Capacitores
C1 - 10 uF/6V - eletrolítico
C2 - 100 uF/6V - eletrolítico
C3 - 470 uF/6V - eletrolítico
Diversos
K1 - interruptor simples
B1 – 6 V - 4 pilhas médias ou grandes
Placa de circuito impresso, soquete para o circuito integrado, suporte para pilhas, caixa para montagem, botão para o potenciômetro, fios, solda, etc.
Revisado 2017