Este simples projeto foi publicado em 2008, mas usa componentes que possibilitam sua construção fácil ainda hoje. Na verdade, por ser montagem simples, é indicado aos estudantes de tecnologia e de cursos técnicos além dos iniciantes. O que o circuito faz é dar um alarme quando o carro é fechado com as luzes acesas. O disparo ocorre no momento em que a chave é retirada do contato.
Não são poucos os motoristas que esquecem as luzes do carro acesas ao fechá-lo e depois, na volta, encontram a bateria completamente descarregada. A maioria dos carros modernos emite um sinal de alerta se isso acontecer, mas os carros mais simples e antigos não têm este recurso. Se este problema é freqüente com o leitor, por que não montar um alarme que o impeça de deixar as luzes acesas quando o carro for desligado? É justamente isso o que propomos neste artigo: um pequeno alarme de luzes que pode ser facilmente adaptado em qualquer carro.
Usando dois circuitos integrados muito comuns e de baixo custo e fácil manuseio, este aparelho pode ser montado com facilidade e adaptado sob o painel de qualquer carro.
O que temos é uma configuração lógica que detecta quando dois eventos ocorrem ao mesmo tempo: a ignição é desligada e ao mesmo tempo as luzes (lanternas) do carro estão acesas.
Se este evento ocorrer, o circuito é habilitado e um pequeno oscilador passa a emitir bips.
Muitos carros já possuem este equipamento de fábrica e este equipamento também monitora quando as portas são esquecidas abertas, caso o leitor queira acrescentar mais funções.
A adaptação a qualquer carro é extremamente simples e uma característica importante é que seu consumo na condição de espera (sem a emissão de som) ‚ extremamente baixo não causando qualquer desgaste na bateria, mesmo que ele seja permanentemente mantido ligado.
COMO FUNCIONA
Os níveis lógicos com que o circuito trabalha nada mais são do que as tensões que aparecem na chave de ignição e nas lâmpadas quando elas são usadas.
Assim, se a chave da ignição se encontra acionada e portanto a tensão nela é de 12 Volts (da bateria), a saída do inversor formado pela primeira porta lógica de CI-1 (pinos 1,2 e 3) estará no nível baixo.
Nestas condições, independentemente do nível lógico das entradas de monitoração das luzes, a segunda porta terá sua saída no nível alto e com isso a terceira porta irá para o nível baixo pois consiste num inversor.
No nível baixo esta porta mantém desabilitados os osciladores formados pelas duas portas seguintes.
Os osciladores operam em duas freqüências diferentes, uma baixa que serve de modulação e uma na faixa de áudio que gera o tom.
Quando os sinais destes osciladores são combinados nas três últimas portas do circuito que já corresponde ao segundo circuito integrado 4093, temos a emissão de bips intervalados pelo transdutor.
Para que o oscilador seja habilitado é preciso que a ignição vá ao nível baixo (desligada) e que ao mesmo tempo as entradas de uma das luzes monitoradas esteja no nível alto.
Nestas condições teremos nível baixo na saída da segunda porta (pinos 4,5 e 6) e alto na saída da terceira porta (pinos 8,9 e 10).
O resultado será a habilitação dos osciladores com a emissão de som.
Observe que a corrente exigida pelo circuito para o disparo é extremamente baixa, dada pelos resistores de carga R1 e R2, o que significa que nenhum dos circuitos do carro é carregado.
MONTAGEM
Na figura 1 temos o diagrama completo de nosso alarme de luzes para o carro.
A disposição dos componentes numa pequena placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.
Os circuitos integrados podem ser instalados em soquetes DIL para maior segurança e o transdutor é do tipo piezoelétrico de alta impedância.
Cápsulas de fones de alta impedância podem ser usadas nesta aplicação.
Não recomendamos o uso de alto-falantes, mesmo com um transistor excitador dado o maior consumo.
Os resistores são de 1/8W e os capacitores podem ser tanto cerâmicos como de poliéster.
Seus valores podem ser alterados para se modificar o padrão dos sons emitidos.
Os diodos são de uso geral e o fusível é importante para proteção tanto do aparelho como da própria instalação elétrica do carro em caso de um curto-circuito acidental.
Todo conjunto cabe facilmente numa pequena caixa plástica a qual será fixada em qualquer ponto do carro em que o som do transdutor possa ser ouvido.
PROVA E USO
Para provar o circuito é simples: basta alimentá-lo e encostar o ponto e o ponto B ao positivo da alimentação.
O alarme deve emitir bips intervalados.
Se o leitor quiser pode alterar o som com a mudança de valores tanto de R3 como R4.
Estes resistores não devem ter valores menores que 10k ?.
A instalação do aparelho é feita conforme mostra a figura 3.
Sua alimentação pode ser retirada de qualquer ponto da instalação elétrica do carro e o terra pode ser feito em qualquer ponto do chassi.
As conexões aos pontos de monitoramento na chave de ignição e nos fios das lâmpadas pode ser feita com fio fino bem isolado.
Observação importante: não se recomenda instalar este circuito em carros que utilizem sistemas eletrônicos com transponder para a chave de ignição, já que a conexão de qualquer circuito externo pode afetar seu funcionamento.
O mesmo ocorre com carros que possuam sistemas de alarmes que aproveitem as mesmas ligações para sua operação.
Semicondutores:
CI-1, CI-2 - 4093B - circuitos integrados CMOS
D1 a D4 - 1N4148 - diodos de uso geral
Resistores: (1/8W, 5%)
R1, R2 - 10 k ? - marrom, preto, laranja
R3 - 47 k ? - amarelo, violeta, laranja
R4 - 2,2 M ? - vermelho, vermelho, verde
Capacitores:
C1 - 47 nF - cerâmico ou poliéster
C2 - 470 nF - cerâmico ou poliéster
Diversos:
F1 - 500 mA - fusível
BZ - Transdutor piezoelétrico
Placa de circuito impresso, caixa para montagem, suporte para fusível, fios, solda, etc.