Segundo artigo da Mouser Electronics, a ideia de se incluir sistemas de informação no carro nasceu em 1930 com o primeiro rádio de automóvel. Foi somente depois de 32 anos que o primeiro rádio de FM automotivo apareceu com uma evolução lenta dos sistemas.
Em 1952 já existia o toca-discos para discos de vinil de uso automotivo, como o da foto de um Dodge 1957.
Foi somente em 1962 que o primeiro gravador de fita automotivo surgiu, o Muntz Stereo Pak de 4 pistas e depois de 8 pistas em 1964. Logo em seguida surgiu o toca-fitas cassete da Philips que até bem pouco tempo ainda era visto em carros e mesmo em uso doméstico.
A ideia de que os carros poderiam ter mais pode ser inicialmente lembrada nos filmes de James Bond de 1964, onde seu famoso Aston Martin tinha mil e um recursos tecnológicos que na época eram apenas sonhados.
Nos nossos dias, a quantidade de recursos tecnológicos que fazem parte do carro, não se considerando os que controlam o próprio funcionamento do carro como ignições eletrônicas, injeções, sensores de combustível, controles de velocidade, ABS, etc. é muito grande. O resultado é a integração cada vez maior dos veículos automotores com a tecnologia resultando no que faz parte da Eletrônica Embarcada.
Analisando o que pode fazer parte de um carro como complemento para seu funcionamento, segurança e divertimento dos passageiros (e motorista também, em alguns casos) a Mouser Electronics cita os diversos itens:
- Sistema de entretenimento e informação – rádio, áudio, vídeo, recepção via Satélite, armazenamento, RDS, etc.
- Redução ativa de ruído – sistemas para tornar a cabine mais silenciosa.
- GPS – segurança e navegação
- Conectividade interna – Bluetooth, etc.
- Segurança – sistemas de assistência ao dirigir, suporte de vídeo, controle de pistas, prevenção de acidentes, etc.
- Sistemas de segurança – localização, alarmes, etc.
- Sensores visuais – câmeras de ré, alertas, etc.
Um número cada vez maior de empresas desenvolve novos produtos para estes setores e até mesmo criam produtos para setores ainda não previstos.
Evidentemente para o desenvolvimento de tais produtos, os engenheiros e interessados em se tornarem “makers” oferecendo soluções para um mercado bilionário precisam de contar com soluções já prontas para serem usadas numa nova aplicação.
De fato, em nossos dias, os produtos não são desenvolvidos a partir do componente ou do zero, mas sim a partir de soluções parciais já criadas por grandes fornecedores.
São as placas de desenvolvimento, kits de avaliação e eventualmente shields específicos que possam ser criados na aplicação desejada.
Assim, cabe ao projetista escolher bem sua solução a partir do que mais avançado existe no mercado.
A Mouser Electronics possui uma ampla linha de produtos específicos para desenvolvimento de produtos automotivos, conforme mostra a figura 1.
Nela temos a arquitetura de um sistema que envolve informação e entretenimento, o que se denomina Infotainment .
Os diversos recursos deste sistema mostram o que se pode desenvolver e que tipo de componentes devem ser usados. Esses componentes basicamente são:
- Componentes de para alimentação
- Processadores, memórias e sistemas de barramento.
- Módulos de radio (tendendo para o SDR, ou rádios definidos por software
- Sensores (de todos os tipos, de acelerômetros a sensores de posição)
- Componentes de potência, como converfsores DC-DC, supercapacitores, etc.)
- Transdutores (buzzers, etc)
- Processadores de sinais de RF como cristais, ressonadores, filtros, antenas, Bluetooth e Wifi.
Enfim, partindo de componentes e placas de desenvolvimento apropriadas pode-se chegar aos produtos automotivos que estejam na linha de frente das tecnologias avançadas podendo, por esse motivo, concorrer com qualquer solução que apareça no mercado.
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