Sinal de extremamente baixa frequência produzido pelo cérebro associado ao estado de incoerência mental.
Nosso sistema nervoso opera por meio de impulsos elétricos. Tênues correntes elétricas circulam pelos nossos nervos quando estes transmitem impulsos para o cérebro ou do cérebro para órgãos efetores.
A complexidade do cérebro e o próprio desconhecimento de sua estrutura nos impede de prever exatamente que frequências ou que sinais podemos associar a cada tipo de atividade. Não podemos, como num circuito digital, separar os impulsos individualmente analisando cada tipo de sinal transmitido. A complexidade dos sinais no caso é enorme.
No entanto, as pesquisas revelam a existência de alguns rítmos bem definidos, semehantes a “sinais de clock” e que responsáveis pelo aparecimento de correntes elétricas de intensidades e frequências em determinadas faixas e que podem ser associados a fenômenos biológicos importantes.
O conhecimento mais profundo dessas correntes e rítmos pode levar ao seu aproveitamento em dispositivos de controle e interfaceamento. Já se conhece projetos em que os rítmos ou mesmo os sinais gerados em determinadas atividades específicas são usados para controlar dispositivos, como por exemplo um cursor na tela de um computador possibilitando assim a seleção de operações de automatismos por um tetraplégico.
A seguir damos uma descrição desses rítmos com suas principais características.
ALFA
Este rítmo produz impulsos de 10 a 100 uV de intensidade numa faixa de frequências que vai de 7 a 13 Hz. Podemos associar o rítmo alfa aos estados de tranquilidade, relaxamento, ausência de peso, etc.
THETA
Este rítmo gera sinais cujas intensidades estão entre 50 a 200 uV numa faixa de frequências de 3 a 7 Hz. Podemos associar este rítmo a dúvidas, resolução de problemas difíceis, preocupação com o futuro, sonho acordado, etc.
DELTA
Para este rítmo temos intensidades de 10 a 50 uV numa faixa de frequências muito baixa entre 0,2 e 3 Hz. Este rítmo está associado ao estado de sono profundo, transe hipnótico, etc.
BETA
O rítmo beta tem sinais cujas intensidades estão na faixa de 10 a 50 uV e as frequências entre 13 e 28 Hz. Podemos associar este rítmo a estado de preocupação, medo, atenção, tensão, surpresa, etc.
Foram ainda detectados sinais de 0,01 a 0,1 uV numa faixa de frequências muito alta entre 50 MHz e 1 GHz e que são pouco conhecidos.
Estes sinais, pela sua faixa de frequências podem dar origem a ondas eletromagnéticas de maior penetração e que, com isso, podem ser detectadas a alguma distância da cabeça das pessoas.
A detecção dos sinais de baixas frequências é normalmente feita por meio de eletrodos que são fixados na cabeça do paciente. Os sinais gerados passam então pelo meio líquido que existe entre o cérebro propriamente dito e os eletrodos, gerando as correntes que são detectadas pelos aparelhos.
Os eletroencefalógrafos são exemplos de aparelhos que podem ser usados no registro dos sinais de baixas frequências gerados pela atividade cerebral.